🧠 Quando o “crack” virou emergência

Natalie, que trabalhava como paramédica no Reino Unido, estava em casa com uma amiga quando alongou o pescoço e ouviu o som de estalo.
Minutos depois, percebeu que não conseguia mover a perna esquerda. Ao ser levada ao hospital, exames revelaram uma dissecação da artéria vertebral — uma ruptura na parede do vaso sanguíneo que leva sangue ao cérebro. O rompimento gerou um coágulo, que acabou provocando o acidente vascular cerebral (AVC).

“Não estava tentando estalar o pescoço de propósito. Apenas me movi, e aconteceu”, contou a jovem à imprensa britânica.

⚕️ O que causa esse tipo de lesão?

De acordo com especialistas, movimentos bruscos, manipulações cervicais ou estiramentos exagerados podem danificar as artérias do pescoço.
O som de “crack” que muita gente associa a alívio costuma vir de bolhas de gás liberadas nas articulações — e normalmente é inofensivo.
Mas em casos raros, se houver uma fraqueza na parede arterial, o gesto pode causar rompimento e formação de coágulos, interrompendo o fluxo de sangue para o cérebro.

“Não existe forma 100% segura de estalar o pescoço”, alerta o médico Robert Glatter, do Hospital Lenox Hill, em Nova York.

🚨 Sintomas de alerta

Procure atendimento imediato se, após um movimento de pescoço ou manipulação, surgirem sintomas como:

• Dor súbita no pescoço ou na cabeça;

• Fraqueza ou dormência em um lado do corpo;

• Dificuldade para falar, engolir ou enxergar;

• Perda de equilíbrio ou coordenação.

No caso de Natalie, a perda de força na perna esquerda foi o primeiro sinal do AVC. Ela passou por cirurgia e iniciou fisioterapia para recuperar os movimentos.

💡 Cuidados e prevenção

• Evite estalos bruscos ou forçar o pescoço para aliviar tensão;

• Faça alongamentos leves e, se houver dor persistente, procure um fisioterapeuta ou médico;

• Em caso de tontura, dor intensa ou dormência, vá imediatamente ao pronto atendimento — o tempo é decisivo para evitar sequelas.

🗣️ Em resumo

O hábito de “estalar o pescoço” pode parecer inofensivo, mas, em casos raros, pode gerar rompimentos arteriais e AVC.
O segredo é não forçar o corpo além do natural e procurar sempre ajuda médica se houver desconforto.

📷 Reprodução / Daily Mail / PaiquereFMNews.com.br

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