🌱 Criaturas “congeladas no tempo” voltam à vida após 130 anos sob a terra

Durante escavações em Toronto, no Canadá, cientistas encontraram larvas e microorganismos que permaneceram adormecidos por mais de 130 anos. Ao entrarem em contato com a água, os seres voltaram à vida, revelando um ecossistema antigo preservado sob o solo urbano

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Parece ficção científica, mas é realidade: criaturas que estavam adormecidas há mais de 130 anos voltaram à vida durante escavações realizadas em Toronto, no Canadá. O achado aconteceu quando pesquisadores da Universidade de Toronto analisavam amostras de solo de uma antiga área úmida soterrada há mais de um século.

O que parecia apenas terra antiga se transformou em uma cena surpreendente. Ao hidratar o material, a ecologista Shelby Riskin percebeu que pequenas larvas começaram a se mover — um ecossistema “congelado no tempo” voltava a pulsar.

“Conseguimos ressuscitar parte da vida antiga, o que mostra como era esta área úmida antes da urbanização”, contou Riskin.

🌍 O solo que guardava memórias

As amostras foram coletadas durante o projeto de renaturalização da orla de Toronto, uma iniciativa bilionária que devolve curvas e margens vivas ao Rio Don, antes canalizado pelo concreto. Ao escavar o local, os cientistas encontraram sementes, pólens e organismos microscópicos preservados, incluindo espécies de plantas extintas, como o castanheiro-americano.

O solo, praticamente isolado do ar e da luz, funcionou como uma cápsula biológica natural, protegendo os organismos do calor, da poluição e das transformações urbanas.

🧬 Natureza em modo “reiniciar”

Segundo os pesquisadores, as condições anaeróbicas (sem oxigênio) e a umidade constante permitiram que essas formas de vida permanecessem intactas por tanto tempo. Quando expostas novamente à água e ao ar, elas simplesmente despertaram.

“É difícil não ficar animado com isso”, afirmou Riskin. “Ver a vida voltar depois de tanto tempo é como assistir a um documentário acontecendo diante dos nossos olhos.”

O renascimento dessas pequenas criaturas mostra que a natureza tem uma incrível capacidade de regeneração, mesmo depois de décadas soterrada sob asfalto e concreto.

🌸 Ookwemin Minising: o lugar que floresceu de novo

Um dos pontos mais simbólicos da área revitalizada foi batizado de Ookwemin Minising, nome indígena que significa “Lugar das cerejeiras pretas”.
Para a anciã Anishinaabe Shelley Charles, o fenômeno tem um significado espiritual:

“Essas sementes e criaturas estavam apenas esperando o momento certo. Elas sabiam que voltariam.”

Hoje, a região já abriga novamente plantas nativas, insetos, castores e até águias, marcando o retorno da biodiversidade a um espaço antes considerado morto.

🌿 Uma lição sobre resistência

Mais do que uma curiosidade científica, a descoberta é um lembrete poderoso da resiliência da Terra.
Os cientistas agora estudam como esses organismos conseguiram sobreviver por tanto tempo em suspensão, o que pode ajudar a entender a resistência biológica e os limites da vida.

No fim, a mensagem é clara: se larvas e sementes conseguem despertar após um século de silêncio, talvez o planeta também consiga — se a humanidade permitir.

🎥 Reprodução / PaiquereFMNews.com.br

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