O envelhecimento da população brasileira está transformando o mercado de trabalho e impondo novos desafios a quem tem mais de 40 anos.
De acordo com o estudo Adultopia, conduzido pelo Grupo Consumoteca, 68% dos brasileiros afirmam temer o envelhecimento — não por razões estéticas, mas pelo receio de perder produtividade e relevância profissional.

As projeções do IBGE confirmam a tendência: nas próximas décadas, algumas regiões do país, como o Paraná, terão mais idosos do que jovens.
Nesse cenário, cresce o número de profissionais maduros que desejam permanecer produtivos e financeiramente ativos, mas enfrentam barreiras crescentes de competitividade diante do avanço tecnológico e da automação.

⚙️ Desafios para trabalhadores maduros

A principal dificuldade enfrentada por esses profissionais é a defasagem técnica.
Com a rápida transformação dos modelos de negócio, funções tradicionais estão desaparecendo, enquanto novas funções exigem habilidades digitais, analíticas e colaborativas.

O estudo aponta que trabalhadores experientes têm mais obstáculos na recolocação profissional e, muitas vezes, são preteridos em processos seletivos, mesmo com ampla bagagem e histórico de bons resultados.
Essa exclusão silenciosa está diretamente ligada à falta de atualização contínua, fator que hoje pesa mais do que tempo de carreira ou cargo anterior.

O Fórum Econômico Mundial (WEF) reforça o alerta: 59% da força de trabalho global precisará se requalificar até 2030 para continuar empregável.
Sem preparo técnico e digital, profissionais maduros tornam-se mais vulneráveis ao desemprego estrutural e à estagnação.

🎓 Atualização transforma maturidade em vantagem

Especialistas destacam que a requalificação profissional é o principal caminho para transformar experiência em diferencial competitivo.
Cursos de curta e média duração, voltados para aplicações práticas e domínio tecnológico, têm ajudado muitos profissionais a reingressar no mercado ou a migrar de carreira com sucesso.

Além de manter a empregabilidade, a atualização constante permite que trabalhadores maduros atuem como mentores, transmitindo conhecimento e fortalecendo a cultura de aprendizado contínuo dentro das empresas.
Essa integração entre gerações é um ativo valioso: profissionais mais velhos oferecem visão estratégica, senso crítico e resiliência — qualidades cada vez mais valorizadas em tempos de mudança acelerada.

💡 O futuro do trabalho não tem idade — mas exige preparo

O conceito de envelhecimento ativo deixou de ser apenas pauta social e passou a ser necessidade econômica global.
Em um mercado moldado pela automação, inteligência artificial e inovação constante, a idade deixou de ser limitação — o que realmente importa é a capacidade de aprender e se reinventar.

“Sem atualização, o risco é de perda de relevância e exclusão. Com preparo, a maturidade se transforma em protagonismo e liderança”, conclui o relatório.

🎥 Reprodução / PaiquereFMNews.com.br