📝 Nome mais longo do mundo leva 20 minutos para ser dito
O neozelandês Laurence Gregory Watkins entrou para o Guinness World Records por ter o nome pessoal mais longo do planeta — são 2.253 palavras, e lê-lo em voz alta leva cerca de 20 minutos. A façanha virou caso judicial, mudança de lei e uma curiosa lição sobre os limites da burocracia

📚 O homem que “colecionava nomes”
Laurence Gregory Watkins, hoje com 60 anos, nasceu na Nova Zelândia e decidiu que queria ter um nome que ninguém esqueceria.
Trabalhando em uma biblioteca no fim dos anos 1980, ele começou a colecionar nomes como quem coleciona selos — garimpando personagens de livros, nomes de amigos e de várias culturas.
O resultado foi uma verdadeira maratona linguística: 2.253 palavras, formando o nome mais longo já registrado.
Para efeito prático, ele assina apenas Laurence Watkins — porque o nome completo ocuparia páginas inteiras e nenhum formulário daria conta.
“Se alguém resolvesse ler o nome inteiro em voz alta, levaria quase 20 minutos”, brincou Watkins em uma entrevista local.
⚖️ Quando o nome virou caso de Justiça
O processo para oficializar o nome foi tão surreal quanto o próprio recorde.
Um tribunal distrital chegou a aprovar a mudança, mas o Registrador-Geral da Nova Zelândia bloqueou o pedido. Watkins levou o caso à Alta Corte, venceu, e o governo acabou obrigado a reconhecer seu “nome infinito”.
Depois disso, o país mudou a legislação para evitar nomes excessivos ou impraticáveis em documentos oficiais. Resultado: ninguém mais pode repetir a façanha — e o recorde de Watkins se tornou imbatível.
💻 Vida real com um nome surreal
Ter o nome mais longo do mundo é divertido na teoria, mas, na prática… nem tanto.
Documentos oficiais: muitos sistemas travam porque o campo de nome não comporta tantos caracteres.
Eventos e cerimônias: quando alguém tenta ler o nome inteiro, é preciso levar água e paciência.
Internet e aplicativos: quase nenhum aceita o nome completo — ele usa versões abreviadas para viver sem travar o sistema.
Watkins aprendeu rápido: “a graça está no recorde, mas para viver é melhor ser prático”.
🏆 Antes dele, outro nome interminável
Antes do neozelandês, o recorde pertencia ao americano Hubert Blaine Wolfeschlegelsteinhausenbergerdorff Sr., famoso por seu sobrenome quilométrico e difícil de pronunciar.
Mas o feito de Watkins levou a disputa para outro nível — literalmente impossível de competir.
💡 Um recorde que revela algo mais
Além da curiosidade, o caso de Laurence Watkins expôs um problema sério: os sistemas e cadastros oficiais foram criados para nomes curtos e ocidentais.
Em um mundo cada vez mais diverso — com nomes indígenas, árabes, polinésios e compostos —, essa limitação mostra que a burocracia e a tecnologia precisam se adaptar à realidade.
No fim, Watkins virou um símbolo improvável: o homem que provou que, sim, até o nome tem limite — e ele é de 2.253 palavras.
🎥 Reprodução / PaiquereFMNews.com.br