A prosopagnosia pode ter diferentes níveis de gravidade. Para alguns, o problema se resume a uma dificuldade ocasional de lembrar rostos que não veem há muito tempo. Para outros, a condição é tão severa que eles se baseiam em outras características, como a voz, o corte de cabelo, o jeito de andar ou até mesmo as roupas para saber com quem estão falando. Isso pode levar a situações sociais constrangedoras e difíceis, como passar por um amigo sem reconhecê-lo ou não conseguir identificar um colega de trabalho em um ambiente diferente. Em alguns casos, o problema é tão sério que a pessoa não consegue nem mesmo se reconhecer em fotografias.

A condição não é causada por problemas de memória ou inteligência, e a pessoa afetada consegue se lembrar de todos os detalhes sobre a pessoa, exceto a aparência facial. Os estudos científicos apontam que a prosopagnosia está ligada a uma área do cérebro chamada giro fusiforme, que é especializada no reconhecimento de rostos. A condição pode ser congênita, o que significa que a pessoa nasce com ela, ou pode ser adquirida como resultado de um derrame, lesão cerebral ou doenças neurodegenerativas. A prosopagnosia é um lembrete fascinante de quão complexo é o nosso cérebro, e como uma função que consideramos automática pode, para alguns, ser um desafio constante.