A ilha brasileira que parece um paraíso, mas onde é proibido nascer gente

Localizada no litoral de São Paulo, a Ilha da Queimada Grande chama atenção pela beleza natural, mas é totalmente desabitada e tem acesso proibido devido ao alto risco causado por cobras venenosas

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O Brasil possui diversas ilhas de paisagens exuberantes que lembram verdadeiros paraísos naturais. No entanto, uma delas se destaca por um motivo incomum: ninguém pode nascer ali. Trata-se da Ilha da Queimada Grande, conhecida popularmente como Ilha das Cobras, localizada a cerca de 35 quilômetros do litoral paulista, no município de Itanhaém.

À primeira vista, a ilha impressiona pela vegetação densa, águas claras e aspecto preservado. Apesar da beleza, o local é considerado um dos mais perigosos do mundo. A Queimada Grande abriga a maior concentração conhecida de jararaca-ilhoa, uma espécie de cobra extremamente venenosa e exclusiva da região. Estudos apontam que, em algumas áreas, pode haver uma cobra por metro quadrado, o que torna a permanência humana altamente arriscada.

Por conta desse risco, o acesso à ilha é proibido por legislação federal e rigorosamente controlado pela Marinha do Brasil e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A entrada só é autorizada em casos específicos, como pesquisas científicas ou ações ambientais, sempre mediante permissão oficial.

A ilha não possui moradores, casas, comércios ou qualquer tipo de infraestrutura urbana. Sem população fixa, não há registros de nascimentos no local. A última ocupação permanente ocorreu no início do século XX, quando um farol foi instalado na ilha. Com a automação do equipamento, deixou de ser necessária a presença de funcionários, e a área foi completamente desocupada.

Atualmente, a Ilha da Queimada Grande é considerada uma das áreas naturais mais protegidas do país. O objetivo é preservar o ecossistema único e, ao mesmo tempo, evitar qualquer risco à vida humana.

Assim, mesmo com aparência paradisíaca, a ilha brasileira onde é proibido nascer gente segue intocada, silenciosa e inacessível — um lembrete de que nem todo paraíso foi feito para ser habitado.

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