A surpreendente história do Dia de Ação de Graças: como um encontro de 1621 virou um dos maiores feriados dos EUA

O Dia de Ação de Graças, hoje marcado por grandes ceias e reuniões familiares, começou com um banquete improvisado entre colonos ingleses e indígenas Wampanoag em 1621. A celebração só se tornou feriado nacional nos EUA em 1863, durante a Guerra Civil. Tradições como o desfile de Nova York, o “perdão do peru” e ações solidárias ajudaram a transformar a data em um dos eventos mais emblemáticos da cultura norte-americana

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O tradicional Dia de Ação de Graças, celebrado anualmente nos Estados Unidos, tem uma origem bem distante dos grandes desfiles, ceias elaboradas e cenas familiares que marcam o feriado hoje. A data remonta a 1621, quando colonos ingleses que viviam em Plymouth, na região onde hoje está Massachusetts, organizaram um banquete para comemorar a sobrevivência a um rigoroso inverno. Eles receberam ajuda essencial do povo indígena Wampanoag, que os orientou a cultivar e armazenar alimentos para o ano seguinte.

De acordo com registros preservados pela Biblioteca do Congresso dos EUA e relatados pela CNN, cerca de 90 indígenas se uniram aos colonos durante o encontro. A refeição — muito diferente das ceias atuais — incluía carne de cervo, peixes, legumes e grãos. O evento marcou o início de uma tradição de agradecimento pela fartura e pela união entre diferentes grupos.

Apesar do famoso banquete ter ocorrido no século XVII, o feriado só se tornou oficial nos Estados Unidos em 1863. Em plena Guerra Civil, o presidente Abraham Lincoln proclamou um dia nacional de agradecimento, tentando promover união em meio a um país dividido. No Canadá, comemorações semelhantes começaram ainda antes: em 1578, com a expedição liderada por Martin Frobisher, embora o feriado só tenha sido oficializado em 1879.

Ao longo dos séculos, o Dia de Ação de Graças ganhou novos significados. Além da ideia de gratidão, passou a simbolizar o encontro entre culturas, a esperança de novos começos e a valorização dos laços familiares. A partir de 1924, o tradicional desfile de Nova York, organizado por uma grande loja de departamentos, tornou-se parte central das comemorações, reunindo carros alegóricos, bandas e milhões de espectadores.

A data também consolidou tradições próprias, como o perdão presidencial do peru — formalizado em 1989 com o presidente George H. W. Bush — e a quebra do “osso da sorte”, em que duas pessoas fazem um pedido enquanto puxam o osso retirado do peru assado.

O feriado segue sendo um forte símbolo cultural nos EUA, marcado por campanhas de arrecadação de alimentos, ações voluntárias e reuniões familiares. Mesmo após quatro séculos, a essência permanece: agradecer pelo que se tem e celebrar as conquistas do ano.

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