A vida em uma colmeia é conhecida por sua disciplina e organização, mas um detalhe surpreendente da biologia desses insetos tem chamado a atenção de pesquisadores. Estudos recentes revelaram que as abelhas podem, acidentalmente, se embriagar ao consumir néctar fermentado, um comportamento que não passa despercebido ou impune dentro da comunidade.

Os cientistas observaram que, quando expostas ao néctar com teor alcoólico, as abelhas apresentam sinais de embriaguez visíveis. Elas exibem movimentos descoordenados, pousam de forma desajeitada e demonstram dificuldade para manter o voo. É um comportamento que rompe com a eficiência e a precisão habituais desses insetos trabalhadores.

No entanto, a colmeia não tolera desorientação. De acordo com relatos de apicultores e observações de campo, abelhas que retornam em estado de embriaguez são prontamente identificadas e punidas. As abelhas-guardiãs, que protegem a entrada da colmeia, agem de forma rigorosa, frequentemente barrando o retorno das “bêbadas” e, em casos mais graves, expulsando-as do grupo.

Esse mecanismo de exclusão é interpretado pelos pesquisadores como uma forma de proteção. A colmeia, um organismo social complexo e altamente cooperativo, não pode se dar ao luxo de ter seus membros desorientados, pois isso colocaria a segurança do grupo e o trabalho de todos em risco. Um indivíduo intoxicado poderia não apenas ser inútil na coleta de pólen, mas também comprometer a defesa do grupo contra ameaças externas.

O estudo reforça a notável complexidade do comportamento social das abelhas, que se estende até a aplicação de regras e punições para garantir a ordem. A descoberta, além de ser um fato curioso, amplia nossa compreensão sobre as intrincadas interações desses pequenos seres com seu ambiente natural e a forma como a disciplina social é mantida, mesmo em um mundo de insetos.