Acordo histórico sobre o Residencial Flores do Campo garante 1.218 moradias populares em Londrina
A iniciativa conta com apoio institucional do Ministério das Cidades e da Secretaria Nacional de Habitação (SNH). O prefeito de Londrina, Tiago Amaral (PSD), comemorou a celebração do acordo e citou que trata-se de uma conquista histórica, por solucionar de forma definitiva um dos problemas habitacionais mais graves da cidade

Após mais de uma década de impasse em relação ao Residencial Flores do Campo, na zona norte, a Prefeitura de Londrina anuncia a conquista de 1.218 moradias para a cidade, a serem subsidiadas pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) e destinadas a famílias de baixa renda. Na terça-feira (30), o presidente da Companhia de Habitação de Londrina (Cohab-LD), Luciano Godoi, junto com representantes da Caixa Econômica Federal (CEF), assinou o acordo que oficializa as futuras construções habitacionais. Agora, o documento segue para homologação do Judiciário, o que deve ocorrer em janeiro.
Essas 1.218 moradias vão atender famílias que, atualmente, ocupam o Flores do Campo, cujas obras iniciaram em 2013 e não foram concluídas, assim como outras pessoas cadastradas junto à Companhia de Habitação de Londrina (Cohab-LD), desde que também atendam aos critérios do FAR. A iniciativa conta com apoio institucional do Ministério das Cidades e da Secretaria Nacional de Habitação (SNH). O prefeito de Londrina, Tiago Amaral (PSD), comemorou a celebração do acordo e citou que trata-se de uma conquista histórica, por solucionar de forma definitiva um dos problemas habitacionais mais graves da cidade. “Vínhamos articulando, desde o final de 2024, a construção de um acordo com a Caixa Econômica Federal e o Governo Federal, para apresentar às famílias e à população londrinense essa solução. E nós conseguimos. Estive à frente, diretamente e pessoalmente, dessas negociações, junto com o nosso presidente da Cohab, Luciano Godoi. Em parceria com a Caixa Econômica, chegamos a um entendimento que realmente vai facilitar a possibilidade de a gente resolver o problema habitacional daquelas famílias”, enfatizou.
Pelo programa do Governo Federal, são subsidiados empreendimentos que estejam em áreas urbanas, com toda infraestrutura necessária – asfalto, iluminação pública, rede de energia elétrica, sistema de drenagem e saneamento básico. Além disso, a localização dos imóveis garante o acesso dos moradores a serviços públicos essenciais, como escolas, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), transporte coletivo e unidades de saúde. O FAR é operado pela Caixa Econômica Federal, que ficará responsável pela contratação da construtora, acompanhamento das obras e pelos contratos assinados com as famílias beneficiárias. Caberá à Cohab-LD selecionar as construtoras que irão executar essas obras e, também, quais as famílias a serem contempladas com sua moradia própria.
Os custos dos imóveis serão subsidiados em 100% para famílias inscritas no Cadastro Único e que sejam beneficiárias de programas como o Bolsa Família ou Benefício de Prestação Continuada. Famílias com renda bruta até R$ 1.412,00 terão uma prestação mensal de 10% dessa renda; no caso de renda bruta entre R$ 1.412,01 e R$ 2.850,00, a parcela será 15% desse montante. Dessa forma, as prestações devem ficar na faixa de R$ 80 a R$ 356,01. De acordo com o prefeito, Londrina obteve grandes avanços em 2025 na área de habitação e moradias populares. Atualmente, estão sendo construídas na zona norte 750 moradias, também com subsídios do FAR.
“Já anunciamos e estamos contratando 2.649 novas habitações. E agora, com esse acordo feito, a gente salta para mais 1.218 casas. Nos últimos oito anos, nenhuma casa a custo zero, ou pelo programa FAR, foi construída por quem esteve aqui. Estamos finalizando este ano resolvendo esse grande problema histórico das famílias que lá estão, famílias em situação de extrema vulnerabilidade. E, ainda por cima, batendo recordes em nível nacional em quantidade de habitações construídas em uma única cidade. Estamos falando de mais de 4.600 habitações a custo zero para o cidadão, ou seja, de graça”, complementou. Segundo o presidente da Cohab-LD, Luciano Godoi, assim que o acordo judicial for homologado, a Companhia dará andamento aos trâmites para escolher as empresas construtoras desses empreendimentos habitacionais.
O acordo assinado encerra uma ação judicial movida pela CEF a respeito da construção e entrega do Residencial Flores do Campo. A obra do condomínio, iniciada em 2013, foi abandonada pela construtora responsável com menos de 50% de conclusão, o que motivou a ocupação desde 2015. O presidente da Cohab-LD destacou, ainda, que a Companhia ingressou oficialmente nas negociações em março desse ano e encerra 2025 com a assinatura do acordo. “O trabalho eficiente feito pela gestão do prefeito Tiago Amaral vai solucionar em definitivo uma questão que, há mais de 10 anos, não avançava. Vai beneficiar diretamente as famílias do Flores do Campo e outras que sonham com sua casa própria, e agora terão a oportunidade por meio dos programas habitacionais”, frisou. Com informações do N.Com.

