Agosto registra frio intenso e chuvas abaixo da média em grande parte do Paraná
Mês teve geadas consecutivas, granizo histórico em Castro e volumes de chuva mais baixos em décadas em algumas cidades, aponta Simepar

O mês de agosto de 2025 foi marcado por temperaturas mais baixas e escassez de chuvas em grande parte do Paraná. Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Estado (Simepar), as médias ficaram abaixo do esperado e algumas cidades registraram os volumes mais baixos de precipitação dos últimos 10 a 25 anos. Apesar da estiagem, houve contrastes climáticos. Em Antonina, Cerro Azul, Loanda, Capanema e Paranaguá, os termômetros ultrapassaram os 36°C em algumas tardes, enquanto General Carneiro registrou seis dias consecutivos de geada. Castro, nos Campos Gerais, foi cenário de um granizo histórico no dia 26, que cobriu ruas de gelo e provocou prejuízos.
Palotina apresentou a maior diferença nas temperaturas médias: 16,5°C, valor 2,2°C abaixo da média histórica de 18,7°C — o menor índice desde 2018. Já quanto à chuva, apenas 19 das 50 estações meteorológicas monitoradas tiveram volumes acima da média. Pinhão e Santa Helena se destacaram, com acumulados mais de 100 mm superiores ao esperado. Em contrapartida, cidades como Cambará, Jaguariaíva e Telêmaco Borba quase não registraram precipitações, com índices considerados os mais baixos em mais de duas décadas.
De acordo com o meteorologista Leonardo Furlan, do Simepar, agosto é historicamente o mês mais seco do Paraná, mas neste ano as instabilidades se concentraram no Oeste, Sudoeste e Centro-Sul, devido ao deslocamento de sistemas meteorológicos vindos do Paraguai e da Argentina em direção ao Rio Grande do Sul.