Alerta de meningite: Paraná dobra casos e já registra morte; Londrina tem paciente confirmado
As mortes de 2025 foram em Ponta Grossa (duas), Curitiba, São Jorge D’Oeste, Céu Azul e Wenceslau Braz. As vítimas tinham entre 2 e 84 anos

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) emitiu nesta sexta-feira (27) um alerta sobre o aumento dos casos e mortes por doença meningocócica no estado. O aviso foi enviado a todas as 22 Regionais de Saúde, incluindo a de Londrina, para reforçar medidas de prevenção, vigilância e atendimento.
De acordo com os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), de janeiro até 21 de junho de 2025, o Paraná já registrou 22 casos confirmados da doença e seis mortes. No mesmo período do ano passado, foram 11 casos e nenhuma morte. Um dos casos confirmados neste ano ocorreu em Londrina.
As outras cidades com registros são: Ponta Grossa (4), Curitiba (3), Paranaguá, Campina Grande do Sul, Fazenda Rio Grande, Araucária, General Carneiro, Palmas, São Jorge D’Oeste, Cascavel, Três Barras, Céu Azul, Cianorte, Apucarana, Wenceslau Braz e Jacarezinho.
As mortes de 2025 foram em Ponta Grossa (duas), Curitiba, São Jorge D’Oeste, Céu Azul e Wenceslau Braz. As vítimas tinham entre 2 e 84 anos. Dois óbitos foram causados pelo sorogrupo C, dois pelo sorogrupo B, e nos demais não foi possível identificar o tipo da bactéria.
O que é a doença?
A doença meningocócica é provocada pela bactéria Neisseria meningitidis e pode causar meningite e infecções graves no sangue (meningococcemia). Por ser altamente transmissível e grave, especialmente entre crianças, é considerada um problema de saúde pública.
Como prevenir?
A principal forma de prevenção é a vacina. O SUS oferece a meningocócica C (conjugada) para crianças entre três meses e quatro anos. A partir de julho deste ano, o reforço dado aos 12 meses passará a ser com a vacina ACWY, que protege também contra os sorogrupos A, W e Y.
Apesar da disponibilidade, o Paraná ainda está abaixo da meta de vacinação: em 2024, a cobertura foi de 91,56% na primeira dose e 92,94% na dose de reforço. A meta do Ministério da Saúde é 95%.
Além da vacina, a Sesa recomenda:
Manter ambientes ventilados;
Lavar bem as mãos;
Evitar aglomerações em locais fechados;
Não compartilhar objetos pessoais;
Ficar atento aos sintomas e buscar atendimento médico imediato.
Os sintomas incluem febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, vômitos, confusão mental e manchas vermelhas na pele (petéquias).
Alerta aos profissionais de saúde
A Sesa pede atenção redobrada dos profissionais para o diagnóstico precoce, isolamento rápido dos casos suspeitos e notificação obrigatória em até 24 horas. Também é importante a coleta de exames e o acompanhamento das pessoas que tiveram contato com pacientes infectados, podendo ser necessário tratamento preventivo. O objetivo do alerta é evitar novos casos e mortes, principalmente em cidades onde ainda não houve registros neste ano. Com informações AEN