Um projeto inovador da Universidade Estadual de Londrina (UEL), que envolveu professores e estudantes, transformou máquinas de jogos de azar apreendidas pela polícia em equipamentos úteis para a sociedade. A iniciativa de reutilização das caça-níqueis resultou em totens que funcionam como leitores de livros, destinados a hospitais e penitenciárias. Os materiais foram transformados ainda em além jogos específicos para crianças com diabetes. Iniciado há dois anos, o projeto conta com a participação de alunos e professores dos cursos de Engenharia Elétrica, Computação e Design Gráfico. O objetivo é oferecer benefícios sociais ao reaproveitar máquinas que, anteriormente, eram usadas de forma ilegal e frequentemente confiscadas.

A reitora da UEL, Marta Favaro, destacou a importância da integração entre diferentes áreas do conhecimento para gerar benefícios à comunidade. O tenente-coronel Marcos Tordoro, que na época era responsável pela 4ª Companhia da Polícia Militar do Paraná, também elogiou a colaboração entre várias instituições que tornou o projeto possível.
Na última semana, cinco protótipos foram entregues ao Departamento de Polícia Penal (Depen) de Londrina. Os totens contêm 30 livros de domínio público, facilitando o acesso à literatura, o que é considerado uma atividade educacional para a remição de penas.

Além disso, as máquinas foram adaptadas para o Gamellito, um jogo virtual que ajuda crianças de 6 a 12 anos a lidar com o diabetes. O jogo foi desenvolvido durante o doutorado da psicóloga Vânia Vargas, da UEL, e será testado no Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário (HU). As máquinas foram desmontadas, e suas peças foram avaliadas e catalogadas, permitindo a criação de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e oferecendo uma oportunidade de aprendizado para indivíduos em processo de ressocialização. As habilidades adquiridas com esses equipamentos podem resultar em qualificações práticas na área eletroeletrônica. Com informações AEN