Astronautas chineses retornam à Terra após falha em cápsula obrigar troca de veículo e adiar missão por nove dias

Os três astronautas da missão chinesa Shenzhou-20 precisaram adiar o retorno à Terra após a cápsula de reentrada apresentar uma microfissura na janela, provavelmente causada por detritos espaciais. A China Manned Space Agency decidiu que o veículo não era seguro e autorizou o retorno por meio da cápsula da missão Shenzhou-21. A tripulação pousou em segurança em 14 de novembro de

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A tripulação da missão Shenzhou-20 retornou à Terra em 14 de novembro de 2025, após um adiamento de nove dias provocado por um problema estrutural identificado na cápsula originalmente prevista para a reentrada. Os astronautas Chen Dong, Chen Zhongrui e Wang Jie estavam há cerca de seis meses na estação espacial chinesa Tiangong, onde permaneciam desde abril.

Segundo a China Manned Space Agency (CMSA), durante inspeções anteriores ao retorno agendado para 5 de novembro, técnicos identificaram microfissuras na janela de visualização da cápsula, um componente crítico para o controle da reentrada. A agência concluiu que as trincas provavelmente foram causadas por impacto de pequenos fragmentos orbitais, detritos espaciais que circulam em alta velocidade ao redor da Terra.

Após a descoberta, a CMSA iniciou uma série de análises estruturais e simulações, avaliando se a fissura poderia se expandir sob as extremas condições de calor e pressão enfrentadas durante o processo de reentrada atmosférica. A conclusão da equipe técnica foi de que o veículo da Shenzhou-20 não atendia aos padrões de segurança para retorno humano.

Como alternativa, a agência autorizou o uso da cápsula da missão Shenzhou-21, já acoplada à estação Tiangong. A transferência foi realizada em órbita, e os astronautas da Shenzhou-20 completaram a descida utilizando o veículo reserva. O pouso ocorreu sem intercorrências na zona de Dongfeng, na Mongólia Interior.

A CMSA reforçou que o atraso de nove dias foi motivado exclusivamente por medidas de segurança. Especialistas lembram que, mesmo muito pequenos, detritos espaciais podem atingir velocidades acima de 25 mil km/h, tornando qualquer impacto potencialmente perigoso para naves tripuladas.

A troca de cápsula e o retorno bem-sucedido reforçam a importância crescente do monitoramento de fragmentos orbitais, um desafio cada vez mais relevante à medida que o tráfego espacial aumenta.

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