Ataques de piranhas assustam turistas em represa de SP e levam prefeitura a adotar novas medidas

Introdução de novas espécies pode ter causado desequilíbrio ecológico e aumentado a presença de piranhas no local

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Foto: Reprodução/Defesa Civil de Itirapina

Sete ataques de piranhas em apenas 15 dias causaram preocupação em moradores e turistas da represa do Broa, em Itirapina, interior de São Paulo. Diante da situação inédita, a prefeitura proibiu o acesso de banhistas à água e anunciou uma série de medidas para conter novos incidentes.

Especialistas apontam que o aumento da presença das piranhas na região pode estar relacionado ao desequilíbrio ecológico causado pela introdução de espécies predadoras, como o tucunaré. Esse peixe, originário da Bacia Amazônica, se alimenta de espécies menores como o lambari, que desempenha um papel importante no controle populacional de insetos e ovos de outros peixes, incluindo as piranhas. Com menos lambaris, as piranhas podem ter encontrado um ambiente mais favorável para sua reprodução.

O biólogo Fernando Magnani explicou que os ataques não parecem estar relacionados à busca por alimento, mas sim à defesa territorial, já que a espécie presente na represa – a pirambeba ou piranha-branca – tem comportamento menos agressivo do que as piranhas vermelhas do Pantanal. Durante o período de reprodução, esses peixes defendem seus ninhos e podem atacar banhistas que se aproximam.

O último ataque registrado foi no sábado (8), quando um turista de Campo Grande (MS) foi mordido no dedo do pé enquanto nadava na represa, apesar da proibição. “Achei meio duvidoso, aí vim e constatei. Senti uma beliscada no dedo. Saí e vi que tinha arrancado um pedaço”, relatou.

Medidas adotadas pela prefeitura

Para conter os incidentes e entender melhor o fenômeno, a prefeitura de Itirapina anunciou uma série de ações, incluindo:

  • Contratação de uma empresa para monitorar as espécies de peixes da represa e identificar áreas de maior risco;
  • Criação de uma lei municipal para regulamentar a pesca e proibir a soltura de espécies invasoras;
  • Organização de um campeonato de pesca de piranhas, seguindo normas ambientais;
  • Instalação de placas de aviso e reforço na fiscalização da área.

Embora a proibição ao banho na represa continue, embarcações poderão navegar desde que seus ocupantes não tenham contato direto com a água. Atividades como esqui aquático e o uso de motos aquáticas estão temporariamente suspensas até que uma nova avaliação ambiental seja realizada.

Fonte: G1

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