A manifestação organizada pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro está marcada oficialmente para começar às 15h deste domingo (25), na avenida Paulista, em São Paulo. O ato é para repudiar as suspeitas golpistas contra ele, além de demonstrar a sua força como líder da oposição ao governo Lula. Com gritos de “Volta, Bolsonaro”, manifestantes já se posicionam na avenida mais importante da capital paulista.

O ato ocorre três dias depois de o ex-presidente ter comparecido para depoimento à Polícia Federal – onde Bolsonaro ficou em silêncio alegando não ter tido acesso a todo o conteúdo da ação que tramita contra ele – que está sob o comando do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Muitos governadores “despistaram” o convite para o ato, temendo uma afronta ao Supremo. Estão confirmados Jorginho Mello (Santa Catarina), Ronaldo Caiado (Goiás) e Tarcísio de Freitas (São Paulo) – aliados que disputam o “legado” eleitoral de Bolsonaro. O governador do Paraná, Ratinho Júnior, não deve comparecer ao evento. Em resposta aos questionamentos sobre o ato de Bolsonaro, Ratinho Junior disse que no domingo (hoje) o Paraná iria promover, em parceria com os 399 municípios, uma “grande” mobilização de combate à dengue.

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), disse ontem (24) que a presença de governadores e prefeitos no ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro é “uma vergonha”, porque eles têm responsabilidade institucional e a manifestação vai contra a democracia e a legalidade. “É mais uma ameaça de Bolsonaro às instituições e uma afronta à Justiça, a quem ele está prestes a ter de prestar contas”, completou.