A audiência de custódia de Jair Bolsonaro (PL) foi realizada na tarde deste domingo (23) e durou cerca de 30 minutos, por videoconferência. O procedimento, de caráter formal, ocorreu antes de qualquer outra medida judicial e teve como objetivo verificar as condições de apresentação do ex-presidente, confirmar se ele foi informado de seus direitos e registrar manifestações da defesa. Segundo o site Metrópoles, Bolsonaro afirmou que a tentativa de abrir a tornozeleira eletrônica decorreu de um suposto “surto”, possivelmente relacionado ao uso de medicamentos. Ele negou qualquer intenção de fuga.

O ato foi conduzido por um juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes — que não participou da sessão. Bolsonaro segue em prisão preventiva na Superintendência da Polícia Federal, no Distrito Federal. O vídeo da audiência não será divulgado; apenas a ata oficial será anexada ao processo e remetida também à AP 2668, ação na qual o ex-presidente foi condenado por participação em trama golpista. A audiência ocorreu no mesmo dia em que se encerra o prazo para a defesa explicar a violação da tornozeleira eletrônica. Laudo preliminar aponta sinais de queimadura e manipulação do equipamento. O próprio Bolsonaro admitiu ter usado um ferro de solda na tentativa de abrir o dispositivo — ponto central para a decretação da prisão preventiva devido ao risco de fuga. A tornozeleira ainda passará por perícia no Instituto Nacional de Criminalística da PF, que analisará microvestígios, danos e possíveis interferências externas. Informações: site Metropoles