Auxílio-alimentação para vereadores gera polêmica em Santo Antônio da Platina
Projeto aprovado em 1ª votação prevê benefício de R$ 770 mensais aos parlamentares; população reage com protestos e vaias

A Câmara de Vereadores de Santo Antônio da Platina aprovou, em primeira votação, o Projeto de Lei nº 18/2025, que propõe a criação de um auxílio-alimentação no valor de R$ 770 mensais para os 13 parlamentares do município. A proposta, apresentada pela Mesa Executiva da Casa, gerou forte reação popular e protestos durante a sessão desta segunda-feira (2), quando o texto foi aprovado com oito votos favoráveis. O projeto foi assinado pelo presidente da Câmara, vereador Luciano “Vermelho” (Republicanos), pelo vice-presidente Flavinho Maiorky (PP) e pelos secretários Eliane Siqueira (Republicanos) e Odemir Jacob (União). Segundo a justificativa apresentada, o benefício tem como objetivo ressarcir despesas alimentares durante o exercício da função pública e promover igualdade de tratamento em relação aos servidores efetivos e comissionados, que já recebem o auxílio.
O impacto estimado é de R$ 10 mil mensais, ultrapassando R$ 120 mil por ano em recursos públicos. O presidente da Casa, Luciano “Vermelho”, argumentou que, anualmente, a Câmara devolve cerca de R$ 2 milhões à Prefeitura por não utilizar toda a verba disponível, e que o projeto representaria uma pequena fração desse valor. Apesar disso, o tema despertou indignação. Com galerias lotadas, a sessão foi marcada por vaias e protestos da população platinense. A segunda votação do projeto está marcada para a próxima segunda-feira (9). Até lá, a repercussão popular pode influenciar os votos dos vereadores. “As manifestações podem fazer com que alguns parlamentares mudem de ideia”, afirmou Luciano “Vermelho”, que, como presidente, só vota em caso de empate e declarou que não irá se posicionar sobre o mérito da proposta.

