Bancos públicos e privados suspendem crédito consignado no INSS

Medida ocorre após redução de juros para 1,7% ao mês

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Medida ocorre após redução de juros para 1,7% ao mês | © José Cruz/Agência Brasil

A redução do limite máximo de juros para empréstimos consignados a aposentados e pensionistas tem sido mal recebida pelas instituições financeiras. Nesta sexta-feira (17), dois bancos públicos, o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal, confirmaram que suspenderam a oferta desse tipo de crédito aos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A decisão seguiu vários bancos privados que já haviam interrompido a concessão de empréstimos na quinta-feira (16). Isso aconteceu depois que o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) reduziu o limite máximo de juros no crédito consignado de 2,14% para 1,7% ao mês. A taxa para cartões de crédito consignado também foi reduzida de 3,06% para 2,62%.

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A Caixa informou em nota que teve que suspender a linha devido ao novo limite máximo de juros ser mais baixo do que o cobrado pelo banco. Além disso, acrescentou que a possibilidade de retomar os empréstimos consignados a aposentados depende de estudos técnicos de viabilidade operacional e econômico-financeira para adaptar as concessões às novas normas do banco.

O Banco do Brasil informou que está realizando estudos de viabilidade técnica sobre as novas condições do crédito consignado aos beneficiários do INSS e que informará sobre a retomada das contratações assim que tiver novidades.

Em resposta à suspensão, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, usou as redes sociais para defender que o governo utilize os bancos públicos para manter a oferta de crédito consignado do INSS. Ele também publicou um link de um relatório do Banco Central que mostrou que os juros do consignado para o INSS variaram de 1,31% a 2,17% ao mês na semana de 27 de fevereiro a 3 de março.

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Na quinta-feira (16), a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) divulgou uma nota afirmando que a redução do limite máximo de juros comprometeria a oferta de crédito consignado e de cartão de crédito consignado a beneficiários do INSS. Segundo a entidade, a iniciativa pode distorcer preços de serviços financeiros, com os bancos tendo que aumentar os juros de outras linhas de crédito para compensar o limite máximo menor no consignado para o INSS.

O relatório do Banco Central citado por Lupi mostrou que, na semana de 27 de fevereiro a 3 de março, apenas quatro das 38 instituições financeiras que oferecem crédito consignado do INSS cobravam taxas abaixo de 1,7% ao mês: Sicoob (1,68%), Cetelem (1,65%), BRB (1,63%) e CCB Brasil (1,31%). Os juros mais altos ficaram com a financeira Zema (2,17%, acima do antigo limite máximo de 2,14% ao mês) e Pan (2,14%).

Com informações da Agência Brasil.

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Valmir Pedroso

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