Boletim aponta queda nas notificações de síndromes respiratórias, mas cobertura vacinal segue baixa
Entre 29 de junho e 5 de julho, foram registrados sete novos óbitos; taxa de positividade viral chega a 94,1%

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou novo Boletim Informativo com dados atualizados sobre Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e Síndrome Gripal (SG) em Londrina, referente ao período de 29 de junho a 5 de julho. O documento está disponível no perfil oficial da SMS no Instagram e traz dados de atendimentos, óbitos, vírus em circulação e cobertura vacinal.
Segundo o relatório, foram registradas 24 notificações de SRAG, sendo 15 em adultos e nove em crianças — uma queda em relação à semana anterior, que teve 32 casos. Apesar disso, o número de óbitos acumulados em 2025 chegou a 97, com 18 por Influenza, seis por Vírus Sincicial Respiratório (VSR), 11 por Covid-19, e os demais por outros vírus ou causas ainda não especificadas. Houve sete novos óbitos em relação ao boletim anterior.
A taxa de positividade viral subiu para 94,1%, frente aos 34,5% registrados anteriormente. Os principais vírus identificados foram VSR, adenovírus e rinovírus, o que reforça o alerta para o aumento de circulação viral típico do inverno.
Nos atendimentos por síndrome gripal, o Pronto Atendimento Infantil (PAI) registrou 2.272 atendimentos, sendo 1.031 por SG (45,37%). Já as UPAs Sabará e Centro-Oeste, as UBSs Ouro Branco e os Prontos Atendimentos do Leonor, União da Vitória e Maria Cecília somaram 12.590 atendimentos, dos quais 2.493 (19,80%) foram relacionados a SG.
A cobertura vacinal contra a Influenza segue abaixo do ideal:
Público-alvo geral: 50,89%
Idosos: 57,65%
Crianças: 33,71%
Gestantes: 25,76%
A vacinação está liberada para toda a população acima de 6 meses de idade e disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município.
A diretora de Vigilância em Saúde, Fernanda Fabrin, destacou que os dados são preliminares e ainda podem sofrer alterações, mas apontam para um cenário de alerta. “Estamos em um período crítico do ano para doenças respiratórias, e a baixa adesão vacinal entre os grupos prioritários — mais vulneráveis a complicações — reforça a importância de manter a vigilância e intensificar a vacinação”, alertou.