Brasil lidera desinformação sobre vacinas na América Latina
Durante a pandemia, o volume de desinformação cresceu quase 690 vezes, e, mesmo após o pico, ainda é 122 vezes maior do que em

Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado no Dia Nacional da Vacinação, revelou que o Brasil concentra 40% da desinformação sobre vacinas que circula na América Latina e Caribe, especialmente no Telegram. Foram analisadas 81 milhões de mensagens entre 2016 e 2025, identificando 580 mil conteúdos falsos sobre imunização no país. O levantamento aponta que o Brasil lidera também em número de usuários ativos nessas comunidades conspiratórias. Entre as fake news mais comuns estão alegações de que vacinas causam morte súbita, alteram o DNA ou provocam doenças como Aids e câncer. Além disso, circulam falsos “antídotos”, como o uso de dióxido de cloro, substância tóxica sem eficácia comprovada.
Segundo o pesquisador Ergon Cugler, o cenário é favorecido pela falta de regulação digital e pela polarização social. Durante a pandemia, o volume de desinformação cresceu quase 690 vezes, e, mesmo após o pico, ainda é 122 vezes maior do que em 2019. O Ministério da Saúde alerta que essas mentiras ameaçam a saúde pública e lançou o programa Saúde com Ciência, voltado ao combate das fake news e à valorização da vacinação como uma conquista coletiva e segura. Com informações: Agência Brasil.