Brasil ocupa a 5ª posição no ranking de denúncias de abuso sexual infantil online
Em 2024, o país subiu consideravelmente no ranking, saltando da 27ª posição, registrada em 2022, para a atual colocação

O Brasil registrou um aumento expressivo nas denúncias de páginas com conteúdos de abuso sexual infantil na internet, figurando como o 5º país com mais notificações, de acordo com o relatório global da rede internacional InHope, divulgado nesta quinta-feira (3). Em 2024, o país subiu consideravelmente no ranking, saltando da 27ª posição, registrada em 2022, para a atual colocação. O levantamento é baseado nas informações coletadas por 55 canais de denúncia de crimes na internet, conhecidos como hotlines, espalhados por 51 países. No topo da lista estão a Bulgária, o Reino Unido, a Holanda e a Alemanha.
Em 2024, a SaferNet Brasil, responsável por receber e contabilizar as denúncias no país, compartilhou mais de 48 mil páginas com indícios de abuso sexual infantil com outros hotlines ao redor do mundo. Isso ocorreu através de ferramentas de detecção automatizada e pró-ativa, parte do projeto Discover. Das mais de 50 mil páginas denunciadas no Brasil, 10.823 foram repassadas a autoridades de outros países, já que envolviam vítimas de diferentes nacionalidades ou crimes ocorridos fora do Brasil. No total, 38.051 páginas com conteúdo abusivo foram identificadas dentro do território nacional.
Apesar do número alarmante de páginas denunciadas, apenas 1.155 dessas páginas estavam hospedadas no Brasil, o que corresponde a 0,05% do total global. Essas páginas foram analisadas pelo Núcleo Técnico de Combate aos Crimes Cibernéticos do Ministério Público Federal (MPF), que iniciou as investigações. A SaferNet, uma organização não governamental que colabora com o MPF desde 2006, continua a atuar na promoção de segurança online, mantendo a Central Nacional de Denúncias e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência na internet. O aumento das denúncias ressalta a urgência de medidas mais eficazes para combater a exploração sexual infantil online e proteger as crianças e adolescentes no ambiente digital.
Com informações da Agência Brasil.