Uma imagem chamou a atenção nas redes sociais nesta semana: uma placa em um supermercado de Braga, em Portugal, anunciava que os clientes já podem pagar suas compras com o PIX, direto do Brasil. A foto viralizou no X (antigo Twitter), despertando reações bem-humoradas como “recolonização digital” e “civilizando a galera para o mundo digital”.

E sim, a informação é verdadeira. Desde janeiro de 2025, a rede de supermercados Continente disponibiliza o uso do PIX em seis de suas filiais no norte de Portugal. O serviço foi implementado graças a uma parceria entre a instituição portuguesa UNICRE e o Braza Bank, banco de câmbio brasileiro que atua também em solo português. Para utilizar o recurso, basta que o cliente tenha uma conta no Brasil e pague em reais — a conversão e os encargos (como IOF) já vêm embutidos no valor da transação.

O processo é simples: o consumidor escaneia um QR Code no caixa e confirma o pagamento diretamente pelo aplicativo do seu banco brasileiro.

A medida tem como objetivo facilitar a vida dos mais de um milhão de turistas brasileiros que visitam Portugal todos os anos, além dos milhares de imigrantes que vivem no país. Segundo a UNICRE, a meta é ampliar o uso da ferramenta no varejo português.

Apesar do avanço, o país já contava com seu próprio sistema digital de pagamentos: o MB WAY, criado em 2014. Ao contrário do PIX, que é público e gerido pelo Banco Central do Brasil, o MB WAY é um serviço privado da SIBS e depende de um aplicativo para funcionar.

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