BRDE lança linha emergencial de R$ 200 milhões para empresas paranaenses afetadas por tarifa dos EUA

Medida busca socorrer exportadores atingidos por tarifa de 50% anunciada por Donald Trump

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Foto: Claudio Neves / Portos do Paraná

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) anunciou nesta sexta-feira (1º) uma linha de crédito emergencial de R$ 200 milhões voltada às empresas e cooperativas paranaenses afetadas pela nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida tem como objetivo oferecer capital de giro com prazo de 5 anos, sendo um ano de carência, e taxa de IPCA + 4%, considerada abaixo do mercado.

A linha atende empresas com histórico de exportação para os EUA e que comprovem prejuízos com a nova medida, como redução de embarques, demissões ou férias coletivas. Os financiamentos variam de R$ 500 mil a R$ 10 milhões por empresa, com possibilidade de renegociação de dívidas já existentes no BRDE. Pedidos acima desse valor poderão ser encaminhados para outras linhas do banco.

Além disso, o Governo do Estado vai aportar R$ 43 milhões para viabilizar a oferta de crédito com juros reduzidos. A Fomento Paraná também oferecerá crédito para pequenos empreendedores com prejuízos abaixo de R$ 500 mil, com atendimento personalizado e condições facilitadas.

O governador Ratinho Junior destacou que o Estado segue dialogando com os setores prejudicados e espera que o governo federal, por meio do Itamaraty, busque reverter a posição dos EUA. Também foram anunciadas medidas complementares, como o uso de créditos de ICMS homologados no Siscred, postergação de compromissos de investimento e possível injeção de recursos no Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE).

Segundo o Ipardes, apenas 2,7% dos produtos paranaenses exportados aos EUA em 2024 foram contemplados nas exceções à tarifa, o que representa US$ 42,4 milhões de um total de US$ 1,59 bilhão. A maior parte das mercadorias afetadas envolve madeira reflorestada, carne, peixes, móveis e erva-mate. O Paraná foi um dos estados mais prejudicados, já que seus principais itens não fazem parte da pauta de exceções anunciada pela Casa Branca.

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Redação Paiquerê FM News

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