O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) conta com 36 cães de salvamento, entre ativos e aposentados, treinados para atuar em ocorrências de alta complexidade, como desastres naturais, enchentes, incêndios e buscas em áreas de difícil acesso. Os animais participaram de operações de destaque nacional, entre elas o rompimento da barragem em Brumadinho (MG) e as enchentes no Rio Grande do Sul, auxiliando tanto na localização de sobreviventes quanto na recuperação de vítimas.

Segundo a corporação, a preparação começa ainda na fase de filhote, com seleção baseada em coragem, curiosidade e sociabilidade. Durante cerca de dois anos, os cães passam por treinos diários e socialização em diferentes ambientes, aprendendo a lidar com sons, multidões e situações adversas. Em operação, podem trabalhar por até oito anos antes da aposentadoria. O faro, até 100 mil vezes mais potente que o humano, permite identificar odores específicos em locais amplos ou sob escombros.

As equipes atuam de duas formas principais: rastreio, quando o animal segue o cheiro de uma pessoa a partir de um objeto pessoal, e venteio, em que busca odores humanos em grandes áreas. Há ainda especializações para localizar pessoas vivas, restos mortais ou vítimas submersas. O vínculo entre cão e condutor é considerado decisivo para o desempenho. Muitos animais vivem com seus bombeiros fora do quartel, reforçando a parceria. Para garantir saúde e bem-estar, recebem acompanhamento veterinário, alimentação balanceada e vacinação. O canil, integrado ao Grupo de Operações de Socorro Tático, investe em treinamentos e intercâmbio com outras corporações, consolidando o Paraná como referência em operações de busca com cães. Com informações: AEN