Uma câmera de segurança registrou o momento em que uma jovem foi estuprada em um posto de combustíveis desativado, em Paranaguá, no litoral do Paraná. O acusado é Nathan de Siqueira Menezes, pedreiro, que conheceu a vítima em uma casa de shows na noite de 23 de fevereiro. O equipamento também captou o áudio dos gritos da vítima, que dizia repetidamente “não” enquanto era arrastada para o banheiro do posto. Segundo a jovem, eles se beijaram dentro da casa de espetáculos e, enquanto esperavam um carro de aplicativo, ela pediu para usar o banheiro. Nathan se ofereceu para ajudar, mas a conduziu até o posto fechado, onde cometeu o crime.

As gravações se tornaram provas fundamentais para a investigação da Polícia Civil. Em depoimento, o acusado alegou que a relação foi consensual e que a vítima estaria “fazendo charme”. Ele não sabia que havia uma câmera com áudio no local.

A polícia suspeita que Nathan tenha filmado o estupro com o próprio celular. O aparelho foi apreendido e será periciado para tentar recuperar possíveis imagens apagadas. Apesar da gravidade dos fatos, o juiz inicialmente negou o pedido de prisão preventiva e determinou o uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, após nova análise, a prisão foi decretada e Nathan se entregou no dia 27 de março.

Ele será julgado pelos crimes de estupro e registro não autorizado da intimidade sexual. Se condenado, pode pegar até 11 anos de prisão. A defesa do acusado não quis se manifestar, pois o processo corre em segredo de justiça. Com informações de G1.