Campos Neto: alta de juros em ano eleitoral mostra critério técnico

Presidente do Banco Central participou de audiência no Senado

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Campos Neto: alta de juros em ano eleitoral mostra critério técnico | © Lula Marques/Agência Bras

Durante uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado em Brasília, nesta terça-feira (25), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o aumento das taxas de juros implementado pela autoridade monetária brasileira durante o período eleitoral demonstrou que critérios técnicos prevalecem em relação a políticos nas decisões do BC.

Segundo Campos Neto, o movimento de alta de juros foi o maior já visto no período eleitoral, e foi feito porque o Banco Central entendeu que a inflação iria subir, mesmo que isso ocorresse em um ano de eleição. Ele também destacou que o Brasil foi um dos primeiros países a aumentar as taxas de juros, antes da maioria dos outros países, e que se o Banco Central não tivesse tomado essa decisão, a inflação teria sido ainda maior, chegando a 10% em vez de 5,8%.

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Inflação

Campos Neto descreveu o cenário financeiro do Brasil com a média dos núcleos de inflação em 7,8% e a taxa Selic em 13,75% ao ano.

“Olha que curioso: a gente está com o núcleo de inflação [de] 7,8% e com a juros de 13,75%. Na última vez que o juro estava [em] 14,75%, o núcleo de inflação estava mais ou menos o mesmo nível que está hoje. A gente tem uma inflação um pouquinho mais baixa do que quando os juros estavam em 14,25%. O fato de termos atuado antes funcionou”, argumentou.

Na avaliação do presidente do BC, as medidas adotadas pela autoridade monetária têm sido aplicadas de forma suave para evitar grandes choques no prazo imediato.

Com Agência Brasil.

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Valmir Pedroso

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