Os carroceiros de Londrina aguardam o pagamento do auxílio de até R$ 10 mil destinado à transição profissional, previsto na lei que proíbe a atividade com tração animal no município. Segundo os trabalhadores, todos os cursos e exigências já foram cumpridos, mas o recurso ainda não foi liberado. De acordo com o grupo, 26 carroceiros já recebem os demais benefícios previstos, como a renda temporária de transição, equivalente a um salário mínimo por seis meses, e a indenização de R$ 1 mil pela entrega voluntária da carroça. No entanto, o valor principal, considerado essencial para iniciar uma nova atividade profissional, ainda não foi pago. O carroceiro Jeremias dos Santos Pereira afirma que todas as etapas foram concluídas. “A gente fez os cursos exigidos, assinou certificado, entregou o plano de trabalho e agora só estamos aguardando os R$ 10 mil para poder comprar alguma coisa e começar a trabalhar”, disse.

Segundo os trabalhadores, o último dia de curso foi em 12 de dezembro, com a entrega do plano de negócios. O auxílio de até R$ 10 mil, previsto na Lei Municipal nº 13.961/2025, tem como objetivo viabilizar a abertura de um pequeno negócio após a capacitação, com apoio do Sebrae. Além disso, outros 51 carroceiros aguardam a assinatura de um decreto pelo prefeito Tiago Amaral para serem incluídos no programa. Eles ficaram fora do primeiro projeto e dependem da ampliação aprovada pela Câmara Municipal.

A Política Ambiental de Proteção aos Animais de Tração e de Atenção aos Trabalhadores prevê, além do apoio financeiro, o encaminhamento dos cavalos para ONGs, santuários ou lares temporários, priorizando a adoção responsável. A iniciativa busca conciliar o fim das carroças no perímetro urbano, o bem-estar animal e a garantia de renda e requalificação profissional aos trabalhadores afetados.

A equipe de reportagem entrou em contato com a prefeitura de Londrina e aguarda retorno.