Carroceiros de Londrina precisam apresentar plano de trabalho para receber auxílio de R$ 10 mil
Segundo a Prefeitura, o valor será liberado somente após os trabalhadores apresentarem um plano de trabalho, que deve detalhar como o dinheiro será investido na nova ocupação

Após a regulamentação da Lei nº 13.961/2025, que proíbe o uso de veículos de tração animal em Londrina, a Prefeitura implantou um programa de apoio aos trabalhadores que utilizavam carroças como meio de sustento. Os profissionais cadastrados na CMTU e que entregaram voluntariamente suas carroças têm direito a uma indenização de R$ 1 mil, ao pagamento de um salário mínimo por seis meses e a um auxílio financeiro de até R$ 10 mil para mudança de atividade profissional.
O pagamento do benefício de R$ 10 mil ainda não começou. Segundo a Prefeitura, o valor será liberado somente após os trabalhadores apresentarem um plano de trabalho, que deve detalhar como o dinheiro será investido na nova ocupação. Também é exigida a participação em curso de qualificação profissional oferecido pela Secretaria Municipal do Trabalho, Emprego e Renda (SMTER).
O presidente da Associação dos Carroceiros, Giuliano Custódio de Oliveira, conhecido como Gil Carroceiro, afirmou que o grupo já participou do curso exigido. “Pediram para a gente fazer o curso, e nós fizemos no dia 22 do mês passado. Agora estão pedindo para justificar onde o dinheiro vai ser investido. Todos os carroceiros vão usar o valor para comprar um carro velho ou uma motinha com carreta, para continuar trabalhando com retirada de entulho, móveis e galhos. Foi isso que aprendemos no curso: como manejar e onde levar os resíduos”, explicou. O representante da categoria alega ainda que, muitos trabalhadores enfrentam dificuldades financeiras.
Atualmente, 26 carroceiros recebem o auxílio mensal de um salário mínimo, enquanto 51 aguardam inclusão no programa. A Prefeitura informou que enviará à Câmara um novo projeto de lei para ampliar o número de beneficiários e definir o cronograma de pagamento do auxílio de R$ 10 mil. A reportagem da Paiquerê FM 98.9 entrou em contato com o secretário da SEMA, Gilmar Domingues, mas ainda não obteve retorno.

