Bruna Monteiro e Ricardo dos Santos de Paula foram condenados nesta quinta-feira (15) a 14 e 12 anos de prisão, respectivamente, pelo assassinato do síndico Adriano Allio, de 57 anos, ocorrido em outubro de 2023, em Londrina. O crime chocou a cidade: Adriano foi encontrado amarrado e carbonizado dentro de seu próprio carro, na Estrada da Água das Abóboras, zona norte da cidade.

Segundo as investigações, o homicídio teve motivação financeira. A vítima estaria sendo extorquida e teria feito transferências em dinheiro para Bruna, que mantinha um relacionamento com ele. O delegado João Reis apontou que Bruna seria manipuladora e que o casal teria matado o síndico na casa dela, levando o corpo em seguida para o local onde foi encontrado. A acusação menciona que Bruna teria exigido até R$ 300 mil de Adriano.

Durante o júri, Bruna negou envolvimento no crime, alegando que Adriano pediu que ela mentisse sobre uma suposta paternidade para incluir seu nome na partilha de bens. Já Ricardo disse que não conhecia Adriano e alegou estar morando em Santa Catarina no momento do crime, apesar de ter viajado ao estado com Bruna após o ocorrido. A defesa sustentou que não houve motivação torpe nem uso de fogo como causa da morte. O advogado José Henrique Volpi informou que a equipe já prepara recursos, citando nulidades processuais.