Um caso confirmado de raiva bovina em Ortigueira reacendeu o alerta entre produtores rurais da região. A infecção foi identificada após a morte de um animal na comunidade Libertação Camponesa, próxima a Tamarana. Segundo a médica-veterinária da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR), Aline Ticiani, o produtor comunicou a suspeita no dia 7 de novembro, permitindo a coleta de amostras enviadas ao laboratório oficial. O resultado positivo saiu no dia 12, confirmando a circulação do vírus na área.

Com a confirmação, a ADAPAR delimitou um perímetro de perifoco com raio de 10 quilômetros entre Ortigueira e Tamarana, orientando a vacinação imediata de todo o rebanho. Entre os sinais clínicos que exigem atenção estão dificuldade de locomoção, salivação intensa, alterações de comportamento e dificuldade de deglutição — sintomas típicos da doença, transmitida principalmente pela mordedura de morcegos infectados.

Embora a vacinação contra raiva não seja obrigatória na maior parte do Paraná — incluindo Ortigueira, Tamarana e Londrina — a recomendação é que produtores considerem imunizar seus animais diante da proximidade geográfica e do caso confirmado. A veterinária alerta que a prevenção protege não apenas o gado, mas também as famílias que têm contato direto com os animais, já que a doença é fatal e pode ser transmitida para humanos. As propriedades com suspeita não sofrem interdições e continuam liberadas para compra e venda, com laudos sendo fornecidos gratuitamente. Pessoas que tiveram contato com animais suspeitos devem ser encaminhadas para avaliação pela saúde pública.