Casos de gripe e síndromes respiratórias diminuem no municipal de Londrina, diz Secretaria de Saúde
O boletim informativo mais recente foi divulgado na quarta-feira (30) pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Este levantamento mostra nova diminuição nos números gerais. De 20 a 26 de julho, o total de notificações de SRAG foi de 14 em adultos e 6 infantis, contra 21 e 6, respectivamente, na semana anterior analisada

A Secretaria Municipal de Saúde de Londrina (SMS) realizou, na quarta-feira (30), reunião ampliada para apresentar uma avaliação que indica, por semanas consecutivas, a diminuição dos índices de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na cidade. O encontro, na sede da SMS, reuniu o time técnico da pasta e representantes de diferentes serviços municipais em saúde, além de prestadores de serviços e hospitais, a fim de mostrar dados do cenário epidemiológico como devolutiva de que o trabalho conjunto em curso na cidade vem surtindo efeitos positivos.
Em junho de 2025, frente a um cenário de aumento contínuo dos casos, o Município havia divulgado um Plano de Contingenciamento que implementou ações gradativas para conter o cenário. Após reforçar medidas preventivas, ampliar a vacinação contra o vírus Influenza, incluindo estratégias extramuros, reforçar o monitoramento de indicadores, entre outras iniciativas, foi possível controlar a expansão das doenças e reduzir internações, óbitos e complicações em geral.
Com relação à gripe, o ápice de notificações por semana registradas pela SMS foi de 687 casos, em meados de junho, sendo que as médias desde abril vinham sendo de praticamente 600 casos semanais nesse período. Já nas últimas seis semanas, do final de junho até 30 de julho, os índices caíram progressiva e substancialmente, passando de 485 para 274 casos (média semanal de 345), conforme o último boletim divulgado nesta quarta-feira (30) pela Saúde.
Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, que exigem internação hospitalar, também despencaram entre junho e julho, com redução contínua nos últimos 45 dias. A queda nas últimas seis semanas ocorreu de 84 (junho) para 20 casos na atual semana, quantidade equiparada com os números médios apontados nas primeiras semanas do ano de 2025. Também no recorte de junho a julho, outra realidade expressiva indicada pela Saúde é que a média de internações por SRAG, em crianças menores de 12 anos, se mantém em queda e abaixo da constante do mês de maio, inclusive, quando as temperaturas eram mais baixas. Nas duas últimas semanas, apenas nove e seis casos foram computados, respectivamente. A média, de maio a julho, vinha sendo de 20 casos por semana.
O levantamento ainda mostra redução nos casos graves em pessoas acima dos 13 anos, sendo que esta semana resultou em somente 14 registros, contra uma média de 33 nas sete anteriores – com picos de 43 e 61 casos em alguns momentos. Quanto à taxa de detecção dos principais vírus circulantes em Londrina, que aponta os casos positivos, as médias atuais estão controladas, de acordo com as coletas feitas regularmente pelas chamadas Unidades Sentinela da rede municipal de saúde. Os tipos virais que mais circulam no município são o Adenovírus, Rinovírus, Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Influenza A e H1N1.
Para a secretária municipal de Saúde, Vivian Feijó, o planejamento da Prefeitura neste enfrentamento foi eficaz em um processo de construção coletiva envolvendo vários entes da rede de saúde. “Agimos no tempo certo para conter a evolução dessas síndromes, em especial fortalecendo a prevenção com ampla vacinação da comunidade, levando as doses para todas as regiões, além do funcionamento regular das UBSs. Também aprimoramos os monitoramentos diários dos casos, que nos entregaram resultados concretos de notificações variadas, ocupação de leitos e outros. Parabenizo os esforços de toda equipe do Grupo de Trabalho montado para enfrentarmos a influenza e continuaremos em alerta e acompanhando o comportamento epidemiológico”, afirmou.
Feijó destacou que levar a vacinação extramuros foi um dos pontos altos das ações integradas, proporcionando rapidamente maior capilaridade em número de doses aplicadas. “E é necessário reconhecer o empenho de todo o time da saúde de Londrina, seus parceiros e a população que atendeu ao nosso chamado para fortalecermos esse enfrentamento em prol da saúde. A prevenção sempre é o melhor remédio”, acrescentou.
A diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Fernanda Fabrin, ressaltou que a SMS atingiu o primeiro nível do Plano de Contingenciamento apresentado, reforçando a prevenção, orientações, controle evolutivo e vacinação. “Com o acompanhamento semanal dos dados, emitidos por boletim, percebemos essa diminuição progressiva dos casos, internações, óbitos e demais complicações, incluindo casos mais graves. A reunião contou com todo esse time para uma análise atualizada, sublinhando a intensificação e apoio de todos os profissionais envolvidos, o que nos favoreceu muito a ponto de termos o controle recente das doenças, sem a necessidade de ativar os outros níveis deste plano vigente. E, com a queda nos atendimentos, a UBS do Ouro Branco, região sul, deixará de ser referência para síndromes respiratórias”, contextualizou.
Em 2025, foram 100 óbitos decorrentes de síndromes gripal e respiratória grave em Londrina. “Sobre os falecimentos ocorridos, infelizmente é válido destacar que, do total de óbitos correspondentes ao vírus Influenza, cerca de 80% a 90% foram pacientes que não tinham recebido vacina contra a gripe. Com a queda dos índices gerais relacionados a SG e SRAG, temos perspectivas de manter as médias controladas”, indicou Fabrin.
Dados atuais – O boletim informativo mais recente foi divulgado na quarta-feira (30) pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Este levantamento mostra nova diminuição nos números gerais. De 20 a 26 de julho, o total de notificações de SRAG foi de 14 em adultos e 6 infantis, contra 21 e 6, respectivamente, na semana anterior analisada. A taxa de positividade caiu de 73,70% para 50% da última para esta semana. Os atendimentos nos serviços de urgência, em geral, mantêm as médias anteriores, confirmando a situação controlada. No Pronto Atendimento Infantil (PAI), o total de atendimentos gerais prestados ficou em 1.841, sendo 654 por tipos gripais, o que representa 35,52% do montante. Outros 13.095 atendimentos foram realizados pelos Pronto Atendimentos (PAs) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), dos quais 2.260 respondem por síndromes gripais (17,25%).
Cobertura vacinal – De abril para junho de 2025, o alcance vacinal na campanha contra a gripe saltou de 20% para 50% em Londrina. Até agora, foram 181.071 doses aplicadas, sendo 58,70% em idosos, 36,50% em crianças e 27,52% em gestantes, o que representa 52,38% de cobertura total na cidade. Todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Londrina continuam ofertando diariamente, de segunda a sexta-feira, a vacina contra a gripe. Basta procurar a unidade mais próxima para receber a imunização, das 7h às 18h30. A prioridade é o público-alvo de crianças, idosos e gestantes, mas a população em geral pode comparecer para vacinar, sem necessidade de agendamento e bastando levar documento oficial de identificação e carteira de vacinação. Com informações do N.Com.