Casos de síndromes gripais caem em Londrina, mas vacinação contra gripe segue abaixo do ideal
Desde o início do ano, 90 pessoas morreram por SRAG em Londrina. As duas mortes mais recentes foram de homens de 78 e 99 anos, com diagnóstico positivo para influenza

A Secretaria Municipal de Saúde de Londrina divulgou nesta quarta-feira (2) o novo boletim sobre síndromes gripais e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com dados do período entre os dias 22 e 28 de junho. Houve queda no número de casos graves entre adultos, mas a Secretaria alerta que ainda é cedo para falar em tendência de redução, já que estamos no inverno — época com maior circulação de vírus respiratórios.
Durante a semana, foram registradas 32 notificações de SRAG, sendo 18 em adultos (queda em relação à semana anterior, que teve 29) e 14 em crianças (pequeno aumento em comparação aos 13 casos anteriores). Desde o início do ano, 90 pessoas morreram por SRAG em Londrina. As duas mortes mais recentes foram de homens de 78 e 99 anos, com diagnóstico positivo para influenza.
A taxa de positividade viral caiu de 64,7% para 34,5%. Os vírus mais frequentes são o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), adenovírus e rinovírus. Nos serviços de saúde da cidade, o Pronto Atendimento Infantil (PAI) atendeu 2.401 crianças, das quais 1.010 (ou 42%) apresentavam sintomas gripais. Já entre adultos, as unidades de pronto atendimento e UBSs da cidade registraram 12.529 atendimentos, sendo 2.755 casos de síndromes gripais, ou seja, quase 22% do total.
Mesmo com as ações de vacinação, a cobertura vacinal contra a gripe em Londrina está em apenas 50%, bem abaixo da meta de 90%. Entre os grupos prioritários, a cobertura é ainda mais preocupante: 57% entre idosos, 32% entre crianças menores de seis anos e 25% entre gestantes.
A vacina contra a gripe está disponível em todas as UBSs urbanas e rurais para pessoas a partir dos seis meses de idade. A SMS também mantém estratégias como horário estendido em cinco UBSs e ações de vacinação em locais fora das unidades de saúde. Além da vacina, a secretaria orienta a população a manter medidas de prevenção: uso de máscara por quem está com sintomas, higiene das mãos, uso de álcool em gel e evitar aglomerações, especialmente para crianças, idosos e pessoas com a saúde mais frágil. Com informações: NCom.