Centrais sindicais protestam contra taxa básica de juros de 13,75%
Manifestantes pedem saída de Campos Neto do Banco Central

Nesta terça-feira (21), as centrais sindicais realizaram atos de protesto contra a taxa de juros estabelecida pelo Banco Central (BC), que atualmente está em 13,75% ao ano. Em São Paulo, os manifestantes se reuniram em frente à sede do banco na Avenida Paulista, onde realizaram um churrasco de sardinha como forma de demonstrar que os juros altos beneficiam apenas os rentistas, enquanto o povo é deixado com pouco para sobreviver.
De acordo com a Força Sindical, a intenção era mostrar que os juros altos engordam os tubarões rentistas, enquanto para o povo só sobra sardinha. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central está realizando a segunda reunião do ano para definir a taxa básica de juros da economia, a Selic.
Operação Átria prende mais de 4 mil pessoas por violência contra a mulher
A previsão é que seja mantido o aperto monetário com a manutenção da Selic em 13,75%, mesmo com as pressões do governo federal para redução da taxa. A decisão do Copom será anunciada na quarta-feira (22). As centrais sindicais também reivindicam a democratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) e a saída do presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicado pelo governo Bolsonaro e com mandato até dezembro de 2024.
A alta taxa de juros é vista como uma das principais causas da miséria no Brasil, segundo a opinião de Adriana Magalhães, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, pois a dívida pública gera juros que impedem o governo de investir em áreas importantes como saúde e educação.
Representantes da Central dos Sindicatos Brasileiros, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e de movimentos populares também participaram dos atos em várias capitais do país. Até o momento, o Banco Central não se manifestou sobre as reivindicações dos manifestantes.
Com informações da Agência Brasil.