Centro de Tratamento de Queimados, do HU-UEL, promove campanha para orientar sobre as formas de prevenção contra queimaduras
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 180 mil pessoas morrem todos os anos por queimaduras, principalmente em países de baixa e média renda

O mês de junho marca uma importante campanha nacional de conscientização: o Junho Laranja, voltado à prevenção de queimaduras. A iniciativa, promovida pelo Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (HU-UEL), integra a mobilização da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) em todo o país. Neste ano, o tema central da campanha é “Violência contra a mulher: marcas no corpo, feridas na alma”, com foco na grave realidade das agressões que utilizam queimaduras como forma de violência. A campanha chama atenção para um tipo brutal de violência de gênero que deixa não apenas marcas físicas, mas traumas psicológicos profundos.
Segundo a SBQ, um estudo conduzido pela enfermeira Isabella Luiz Resende, com orientação da vice-presidente da entidade, Raquel Pan, analisou reportagens publicadas entre 2018 e 2019. A pesquisa revelou que a Região Sudeste concentrou 47,17% dos casos de queimaduras decorrentes de violência contra a mulher. Dos relatos que especificavam a área corporal atingida, o rosto foi a parte mais afetada (72,2%), seguido pelo tórax (50%).
Embora cada edição do Junho Laranja traga um tema específico, a campanha também busca alertar a população sobre as principais causas de queimaduras acidentais, como o uso incorreto de álcool e churrasqueira, acidentes domésticos envolvendo crianças, choques elétricos e exposição prolongada ao sol. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 180 mil pessoas morrem todos os anos por queimaduras, principalmente em países de baixa e média renda. A campanha reforça a importância de políticas públicas, educação em saúde e acolhimento às vítimas. Com informações: Assessoria de Imprensa