Chile autoriza importação de carne suína do Paraná após reconhecimento de zona livre de febre aftosa sem vacinação
Em 2024, o Paraná foi o terceiro maior exportador de carne suína do Brasil, com 185,5 mil toneladas comercializadas, ficando atrás apenas de Santa Catarina (730,7 mil toneladas) e do Rio Grande do Sul (289,9 mil toneladas)

O Chile passará a importar carne suína do Paraná após reconhecer oficialmente o Estado brasileiro como zona livre de febre aftosa sem vacinação. O anúncio, que será formalizado nesta quarta-feira (23) durante a visita da comitiva do presidente chileno Gabriel Boric ao Brasil, representa um marco importante nas relações comerciais entre os dois países. A confirmação foi antecipada pelo ministro da Agricultura do Chile, Esteban Valenzuela, em suas redes sociais. “Reconhecemos que o Paraná está livre de febre aftosa e, portanto, poderemos receber carnes deste estado muito importante do sul do Brasil”, declarou. Ele também ressaltou que a decisão integra os esforços do governo chileno para fortalecer o comércio agropecuário com o Brasil.
Atualmente, o Paraná é o segundo maior produtor de suínos do país, com 12,4 milhões de porcos abatidos em 2024 — o equivalente a 21,5% do total nacional. O Estado também liderou o crescimento na produção de suínos em 2024, com um aumento de 281,4 mil cabeças em relação ao ano anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2024, o Paraná foi o terceiro maior exportador de carne suína do Brasil, com 185,5 mil toneladas comercializadas, ficando atrás apenas de Santa Catarina (730,7 mil toneladas) e do Rio Grande do Sul (289,9 mil toneladas).
Políticas públicas impulsionam setor
O bom desempenho do setor agropecuário paranaense está diretamente ligado a políticas públicas de incentivo implementadas pelo governo estadual. Um dos principais marcos foi o reconhecimento, em maio de 2021, pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação.
A certificação internacional foi resultado de um trabalho contínuo de sanidade animal conduzido pelos produtores, cooperativas agrícolas e órgãos estaduais. Desde então, as campanhas de vacinação contra a doença foram substituídas por atualizações obrigatórias no cadastro dos rebanhos, garantindo a rastreabilidade e segurança sanitária dos animais. Com informações AEN