Antes mesmo de se conhecer a ciência por trás do azul do céu, a curiosidade humana já buscava entender esse fenômeno natural. Foi assim que o cientista suíço Horace-Bénédict de Saussure criou, no século 18, o cianômetro — um instrumento composto por 53 tonalidades de azul, do branco ao preto, para medir visualmente a cor do céu.

Inspirado pelas paisagens dos Alpes e especialmente pelo Mont Blanc, Saussure acreditava que a coloração do céu estava relacionada à umidade da atmosfera. Sua invenção foi usada em diversas expedições, incluindo as do renomado geógrafo Alexander von Humboldt, que chegou a registrar o “céu mais azul” no Chimborazo, nos Andes, com o 46º grau no cianômetro.

Apesar de ter sido substituído por explicações mais precisas, como a dispersão da luz, o cianômetro permanece como um marco da curiosidade científica. Um exemplar está exposto no Museu de História da Ciência de Genebra, lembrando que a ciência também nasce do encantamento e da busca por compreender o mundo ao nosso redor.

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