Cientistas desenvolvem a 1ª língua artificial que sente e “lembra” sabores 👅🔬
Cientistas criaram a primeira língua artificial capaz de sentir e memorizar sabores em líquidos, com até 96% de precisão, abrindo novas possibilidades na medicina, indústria alimentícia e monitoramento ambiental

Pesquisadores apresentaram na revista PNAS uma invenção inédita: uma língua artificial feita com membranas ultrafinas de óxido de grafeno, capaz de sentir, processar e até memorizar sabores diretamente em líquidos, imitando o funcionamento das papilas gustativas humanas.
O dispositivo identifica os quatro gostos básicos — doce, salgado, azedo e amargo — com precisão de até 87,5%. Para bebidas mais complexas, como café e refrigerantes, o índice chega a 96%, graças a padrões elétricos únicos que o sistema aprende a reconhecer com o uso. A “memória” de cada sabor dura cerca de 140 segundos, tempo suficiente para análises detalhadas.
Diferente de tecnologias anteriores, que dependiam de sensores externos, o novo sistema realiza todo o processamento dentro do próprio líquido. Isso abre caminho para aplicações médicas (detecção precoce de doenças e monitoramento de pacientes que perderam o paladar), controle de qualidade na indústria alimentícia e até monitoramento ambiental para detectar contaminações.
Apesar do protótipo ainda ser grande e consumir muita energia, os cientistas acreditam que, em menos de uma década, a língua artificial poderá se tornar uma ferramenta prática, compacta e essencial em diversas áreas.