Cinco pessoas são resgatadas de trabalho análogo à escravidão na Bahia
Eles chegavam a trabalhar mais de 12 horas por dia

Na última quinta-feira (2), em Salvador, Bahia, foram encontrados cinco trabalhadores em condições degradantes, em um trabalho que foi considerado pelo Ministério do Trabalho e Emprego como semelhante à escravidão. Eles foram encontrados ensacando carvão vegetal em Cassange, um bairro da capital baiana, e estavam submetidos a uma jornada exaustiva para atingir uma meta estipulada.
Segundo os auditores do trabalho, os trabalhadores chegavam a trabalhar mais de 12 horas por dia, produzindo até mil ensacamentos de carvão, para receber apenas 16 centavos por saco. Além disso, não havia registro de contrato ou adicional de insalubridade para os trabalhadores.
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Os auditores constataram que os trabalhadores estavam trabalhando em condições insalubres, sem água potável, com instalações sanitárias precárias e refeições feitas no mesmo galpão onde o carvão era ensacado. Depois, o carvão era transportado para outras empresas e distribuído no estado.
O Ministério do Trabalho e Emprego está em negociação para que a empresa responsável pelo trabalho pague os direitos trabalhistas devidos. Caso alguém saiba de situações semelhantes à de escravidão, é possível denunciar anonimamente no Sistema Ipê, desenvolvido em conjunto com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), no endereço ipe.sit.trabalho.gov.br.
Com informações da Agência Brasil.