CMTU assume abrigo da ADA e organiza força-tarefa para adoção de mais de 500 animais em Londrina
ação foi motivada por uma decisão judicial, com o objetivo de garantir o bem-estar dos animais e promover a adoção dos mais de 500 cães e gatos acolhidos no local

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (9), o presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Fabrício Bianchi, detalhou a intervenção da administração pública no abrigo mantido pela ADA (Associação Defensora dos Animais), localizado em uma chácara na zona norte de Londrina. A ação foi motivada por uma decisão judicial, com o objetivo de garantir o bem-estar dos animais e promover a adoção dos mais de 500 cães e gatos acolhidos no local.
A CMTU ficará responsável pela gestão temporária dos animais até que todos sejam adotados, sem transformar o abrigo em uma estrutura permanente da administração pública. “A intervenção é pontual. Nosso foco é organizar a situação, garantir a saúde dos animais e promover sua adoção. Não há orçamento fixado para isso, por isso dependemos de apoio e doações da comunidade”, destacou Bianchi. Atualmente, o abrigo conta com 546 cães e 49 gatos, segundo levantamento do banco de ração da CMTU. Uma feira de adoção será realizada no dia 17 de maio na Praça Nishinomiya, próxima ao aeroporto, com o objetivo de iniciar o processo de destinação responsável dos animais.
Estrutura precária e necessidade de regularização
A intervenção ocorreu após denúncias de precariedade no local e desencontros de informações quanto à estrutura legal da ADA. Segundo a vereadora Anne Moraes (PL), presente no local durante a visita da equipe da CMTU, a associação não possui sede própria e funciona por meio de um contrato de sublocação. “Precisamos agora das orientações do juiz sobre a estrutura física e as condições dos animais para avançar”, afirmou Bianchi.
A CMTU já iniciou o levantamento da situação sanitária dos animais, verificando se estão cadastrados, vacinados, chipados e castrados, requisitos fundamentais para viabilizar as adoções. O plano de trabalho para regularização e destinação dos bichos está sendo conduzido pelo interventor nomeado, Lucas Ferreira, com apoio da equipe de Bem-Estar Animal da companhia. O presidente da CMTU reforçou que, por determinação judicial, não será permitida a entrada de novos animais no abrigo durante a intervenção. O foco exclusivo é na destinação dos que já estão acolhidos. “Estamos abertos a ajuda da população, seja por meio de adoções definitivas ou oferecendo lares temporários”, ressaltou.
Interessados em ajudar podem entrar em contato com a equipe do Bem-Estar Animal da CMTU pelo WhatsApp (43) 9 9948-6777. A prefeitura também estuda meios de canalizar recursos de doações, como as do programa Nota Paraná, para apoiar a ação emergencial.
Suporte jurídico e transparência
Segundo a procuradora-geral do município, Renata Kawassaki Siqueira, a intervenção não foi uma surpresa para a administração, que já acompanhava judicialmente o caso. “Diante da situação dos animais e da estrutura do local, optamos por adiantar o processo, mesmo antes do fim do prazo legal, para garantir uma resposta rápida e efetiva”, afirmou. A prestação de contas e o plano de ação formal serão conduzidos diretamente pela CMTU, com suporte jurídico e técnico do município. A meta é concluir o processo de adoção dos animais até o fim de 2025.