Um artefato resgatado das profundezas do Atlântico Norte reacendeu o interesse por um dos episódios mais marcantes da história marítima. Pesquisadores identificaram um colar vitoriano entre materiais recolhidos do RMS Titanic, 113 anos depois do naufrágio. A joia estava presa em uma concreção — um bloco endurecido de sedimentos, ferrugem e fragmentos metálicos — retirada durante uma expedição realizada no ano 2000.

Por décadas, o objeto passou despercebido no acervo da RMS Titanic, Inc., responsável pela exploração dos destroços. Somente agora, com novas técnicas de conservação, o colar foi revelado: pequenas contas pretas, algumas em forma de coração e outras octogonais, emergiram intactas após mais de um século submersas.

O Titanic, que partiu de Southampton rumo a Nova York em abril de 1912, naufragou cinco dias depois ao colidir com um iceberg, causando a morte de mais de 1.500 pessoas. Até hoje, o local do desastre continua revelando peças que ajudam a reconstruir histórias pessoais interrompidas pela tragédia.

Sem registros de seguro ou indenizações que identifiquem um dono, os especialistas acreditam que a joia pertenceu a uma das vítimas. O estilo indica tratar-se de uma joia de luto da Era Vitoriana, possivelmente feita de azeviche francês, muito usada no século 19 para homenagear entes falecidos.

“Cada artefato recuperado do Titanic carrega uma história humana”, afirmou Tomasina Ray, presidente da RMS Titanic, Inc. Para os pesquisadores, o colar simboliza não apenas o luxo da época, mas também o elo emocional preservado entre os escombros de um dos maiores desastres da era moderna.

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