O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, não vai integrar a comitiva brasileira na 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, na próxima semana. O governo dos Estados Unidos impôs restrições ao visto do ministro, permitindo apenas deslocamentos entre hotel e sede da ONU. Diante disso, Padilha decidiu permanecer no Brasil para acompanhar a votação da Medida Provisória do programa Agora Tem Especialistas no Congresso.

Em nota, o Ministério da Saúde classificou a decisão como “infundada e arbitrária”, afirmando que ela viola acordos internacionais e atinge o protagonismo do Brasil na defesa da ciência e das vacinas. A pasta ressaltou que o episódio não é contra Padilha pessoalmente, mas contra o que o país representa no combate ao negacionismo.

Apesar da ausência do ministro, as articulações brasileiras na área da saúde seguirão com a delegação em Nova York e Washington, além de reuniões previstas em fóruns como a COP 30, Mercosul e BRICS. O caso ocorre após outros episódios de restrição: em agosto, os EUA cancelaram os vistos da esposa e da filha de Padilha, além de servidores ligados ao programa Mais Médicos, sob a justificativa de envolvimento em suposto esquema de “exportação de trabalho forçado” com médicos cubanos. Com informações: Agência Brasil