Cometa interestelar 3I/ATLAS pode ter rota alterada ao cruzar Júpiter em 2026
O cometa interestelar 3I/ATLAS, descoberto em julho de 2025, pode sofrer mudanças significativas em sua trajetória ao se aproximar de Júpiter em março de 2026. A intensa gravidade do planeta e a sublimação de gases tornam sua rota imprevisível

Desde sua descoberta, em julho de 2025, o cometa 3I/ATLAS vem despertando atenção da comunidade científica por se tratar de um raro objeto interestelar em passagem pelo Sistema Solar. Dados divulgados pela NASA e por centros de pesquisa orbitais confirmam que o corpo segue uma trajetória hiperbólica, o que indica que não está gravitacionalmente ligado ao Sol e retornará ao espaço profundo após sua visita.
As projeções mais recentes apontam que o cometa deverá se aproximar da região orbital de Júpiter em março de 2026, um encontro que pode alterar significativamente sua rota. O gigante gasoso possui um dos campos gravitacionais mais intensos do Sistema Solar, capaz de provocar desvios consideráveis na trajetória de asteroides, cometas e até de sondas espaciais.
Segundo os astrônomos, o fenômeno funciona como um verdadeiro “estilingue gravitacional”. Dependendo da velocidade e do ângulo de aproximação, o 3I/ATLAS pode sofrer desde uma leve deflexão até uma mudança mais radical em sua rota. Embora outros planetas também exerçam influência gravitacional, nenhuma se compara à de Júpiter.
Além da gravidade, outro fator pode interferir no caminho do cometa: a sublimação. À medida que o 3I/ATLAS se aproxima do Sol, seus gelos começam a se aquecer e passam diretamente do estado sólido para o gasoso. Esse processo gera jatos naturais que funcionam como pequenos propulsores, capazes de modificar sutilmente sua trajetória. Em cometas, esse efeito torna as órbitas mais instáveis quando comparadas às de asteroides.
Os cientistas alertam que, por se tratar de um objeto formado fora do Sistema Solar, o 3I/ATLAS pode apresentar composição química diferente dos cometas conhecidos, o que aumenta a possibilidade de comportamentos inesperados.
A melhor janela de observação do cometa deve ocorrer entre 9 e 22 de março de 2026, período em que ele cruzará a região próxima à órbita de Júpiter. Durante esse intervalo, telescópios terrestres e espaciais devem analisar sua composição química, a atividade da coma, variações de brilho e os efeitos das perturbações gravitacionais.
Desde sua identificação, o 3I/ATLAS já intriga pesquisadores por apresentar uma coma com elementos metálicos incomuns em cometas do Sistema Solar. Estudos sugerem que ele pode ter se formado em um sistema planetário antigo, possivelmente anterior à formação do Sol, tornando-se uma rara oportunidade de investigar a química de outras regiões da galáxia.
Para os astrônomos, o 3I/ATLAS funciona como um mensageiro interestelar, trazendo pistas valiosas sobre a formação de sistemas planetários distantes e reforçando a importância do monitoramento contínuo desse visitante cósmico.
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