Cometa Lemmon se aproxima da Terra e pode ser visto a olho nu no Brasil

Fenômeno astronômico atingiu seu ponto máximo de brilho nesta semana e poderá ser observado até o fim de outubro, especialmente após o pôr do sol

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Foto: Reprodução / Wikimedia / Domínio Público

O cometa C/2025 A6 (Lemmon) está proporcionando um espetáculo raro nos céus e poderá ser visto a olho nu no Brasil nos próximos dias. Descoberto em janeiro deste ano pelo observatório Mount Lemmon, no Arizona (EUA), o astro atingiu na última terça-feira (21) sua maior aproximação da Terra — cerca de 90 milhões de quilômetros — e agora segue em direção ao Sol.

De acordo com a Royal Astronomical Society, o Lemmon é o cometa mais fácil de observar em 2025, sendo visível em ambos os hemisférios. O fenômeno deve continuar perceptível até o início de novembro, quando o corpo celeste começará a se afastar do Sistema Solar interno — devendo retornar apenas daqui a 1.300 anos.

O astrônomo Gabriel Rodrigues Hickel, doutor em Astrofísica pelo Inpe e professor da Unifei, explica que o brilho do Lemmon vem da reflexão da luz solar sobre os gases e poeira que se desprendem do núcleo. “Esses materiais formam a chamada coma, uma nuvem brilhante ao redor do núcleo, e o vento solar empurra parte desse material, criando a famosa cauda que sempre aponta para o lado oposto do Sol”, detalha.

O cometa pode ser identificado como um ponto esverdeado e difuso no céu, especialmente em locais com pouca iluminação. “Não é tão espetacular quanto outros cometas do passado, mas é bonito de ver. Quem estiver longe das luzes das cidades tem boas chances de avistá-lo pouco antes do amanhecer”, afirmou Hickel.

📍 Como observar:
Entre os dias 27 e 28 de outubro, o Lemmon deverá ficar mais visível no Brasil, logo após o pôr do sol. Ele aparecerá próximo aos planetas Mercúrio e Marte, e à estrela Antares, na constelação de Escorpião. Para uma visão mais nítida, o uso de binóculos ou pequenos telescópios é recomendado.

A passagem do Lemmon coincide com outro fenômeno astronômico: a chuva de meteoros Orionídeos, ativa até 7 de novembro. O evento é causado por fragmentos deixados pelo famoso cometa Halley e pode render dezenas de “estrelas cadentes” por hora em noites de céu limpo.

🌠 Dica dos astrônomos: escolha locais afastados das luzes urbanas e permita que seus olhos se acostumem à escuridão por alguns minutos antes de observar o céu.

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