Concha Acústica de Londrina é pichada durante protesto; CMTU realiza repintura e investigação é aberta
A pichação aconteceu enquanto ocorria uma manifestação nas proximidades, que culminou na degradação do patrimônio público

A Concha Acústica de Londrina, localizada na Praça Primeiro de Maio, no Centro da cidade, foi alvo de pichações durante uma manifestação ocorrida nesta quinta-feira (1º), feriado do Dia do Trabalhador. O ato teria sido relacionado a protestos contra a jornada de trabalho no modelo 6×1. O monumento, que completou 68 anos justamente no dia do incidente, foi rapidamente repintado nesta sexta-feira (2) por equipes da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização).
A pichação aconteceu enquanto ocorria uma manifestação nas proximidades, que culminou na degradação do patrimônio público. De acordo com o secretário municipal de Defesa Social, Felipe Juliani, os manifestantes chegaram ao local enquanto a Concha ainda estava limpa. “Fizeram uma barreira humana, impossibilitando que quem estivesse próximo visualizasse o momento da depredação. Quando o movimento acabou, a pichação já estava feita”, afirmou o secretário.
Apesar de haver um totem de segurança com câmeras instalado a cerca de 25 metros do local da ocorrência, as imagens captadas não foram nítidas o suficiente para identificar o autor da pichação. “Mesmo com zoom, fica um borrão. Estamos agora coletando imagens de outros pontos, inclusive da rua de cima e de prédios ao redor, na tentativa de identificar características como padrão de roupa, mochila ou tênis do autor”, explicou Juliani. Ele também ressaltou que o município está colaborando com a Polícia Civil para que uma investigação seja aberta. “Queremos não apenas identificar o autor do ato, mas também responsabilizar os organizadores da manifestação, que são corresponsáveis pelo público que trouxeram”, declarou.
Juliani também comentou sobre a eficácia dos totens de monitoramento, afirmando que, para a funcionalidade operacional da Secretaria, o equipamento tem servido basicamente como suporte para as câmeras. “O botão de emergência é simples, funciona como um interfone que toca na nossa central. Mas o acionamento é raro e, até o momento, não tivemos prisões diretamente derivadas do uso do totem”, disse. A rápida repintura do monumento foi uma decisão da Prefeitura. “Não podemos depender só da investigação. Precisamos dar uma resposta imediata. Um litro de tinta não justifica manter um espaço histórico sujo”, comentou o secretário, destacando que o valor da multa para esse tipo de infração pode variar de R$ 500 a R$ 5 mil.