Coronel Hudson Teixeira acompanha investigação do crime que vitimou avó e neta em Jataizinho
O delegado Vitor Dutra reforçou que a investigação segue uma linha definida, mas ainda sem elementos concretos que incriminem o suspeito

Na manhã desta quinta-feira (27), o Secretário de Segurança Pública do Paraná, coronel Hudson Teixeira esteve em Londrina para acompanhar de perto as investigações do crime que chocou Jataizinho no último fim de semana. Durante entrevista, o coronel afirmou que ainda é cedo para afirmar a autoria do crime e que as provas estão sendo analisadas. “Ainda é uma suspeita. Não existe nenhuma prova de que o homem que apanhou da população seja o autor”, declarou Teixeira. Na tarde da quarta-feira (26), um homem foi agredido por populares em Jataizinho. A população afirmou que ele seria o autor do crime.
O delegado Vitor Dutra também se manifestou, reforçando que a investigação segue uma linha definida, mas ainda sem elementos concretos que incriminem o suspeito. “A população tirou conclusões precipitadas. O homem de 46 anos que foi agredido não tem, até o momento, provas que confirmem sua participação no crime”, explicou Dutra.
Os peritos estão analisando os escritos encontrados tanto na parede da casa da vítima quanto na casa do suspeito. “Até o momento, tratamos essa coincidência com cautela. A caligrafia e o material utilizado estão sendo examinados para verificar se há conexão”, acrescentou o delegado. O delegado disse ainda que, roupas e objetos também passarão por perícia para ajudar a montar o quebra-cabeça do caso.
A investigação também inclui a análise de celulares das vítimas e outras provas materiais. Um dos pontos de destaque é a perícia na mensagem escrita com sangue na parede da casa de Marley Gomes de Almeida, de 53 anos, e de sua neta, Ana Carolina Almeida Anacleto, de 11. O objetivo é identificar a origem do sangue e compreender o significado da mensagem.
Na manhã da segunda-feira (24), Marley e Ana Carolina foram sepultadas. Elas foram encontradas mortas no último sábado (22) dentro da casa onde Marley morava há 10 anos, na Rua Santo Cardin, 715. Familiares estranharam a falta de contato e, ao irem até a residência, se depararam com os corpos. Ambas estavam deitadas na cama, cobertas por um edredom, com lenços amarrados no pescoço e sinais evidentes de violência.
O homem agredido pela população foi hospitalizado e, após receber alta, será encaminhado à delegacia para prestar esclarecimentos. A Polícia Civil também não descarta a participação de uma segunda pessoa no crime. “Ainda é cedo para afirmar qualquer coisa com certeza”, destacou Dutra.
A Polícia Civil segue investigando o caso e pede que qualquer pessoa com informações relevantes entre em contato para colaborar com as apurações.