Criador do Orkut Critica ‘Narcisismo’ das Redes Atuais e Promete Nova Plataforma Focada em Conexão

Orkut Büyükkökten, engenheiro que criou a famosa rede social, afirma que os algoritmos atuais promovem ódio e narcisismo, e anuncia planos para uma nova plataforma focada em conexões humanas autênticas

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Criador do Orkut em visita a Porto Alegre. — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

O nome por trás de uma das redes sociais mais nostálgicas para os brasileiros, Orkut Büyükkökten, voltou aos holofotes com fortes críticas ao cenário digital atual. Para o engenheiro de software turco, plataformas como Facebook, Instagram e TikTok se desviaram de seu propósito original e hoje transformam a atenção dos usuários em narcisismo, alimentando o que ele chama de “epidemia mundial de solidão”.

Em uma palestra recente no evento de inovação South Summit, em Porto Alegre, Büyükkökten argumentou que o objetivo inicial das redes era conectar pessoas, mas elas se tornaram máquinas otimizadas para o engajamento a qualquer custo. Segundo ele, os algoritmos atuais priorizam conteúdos “vulgares, prejudiciais e falsos” simplesmente porque geram mais reações. “Publicações que despertam emoções como raiva têm mais chances de ser compartilhadas e, por isso, são priorizadas”, avaliou.

Para o criador do Orkut, essa lógica resultou na disseminação de desinformação e discursos de ódio, transformando “amizades em moeda de troca e a sinceridade em um teatro de espetáculo”.

Como resposta a este cenário, Büyükkökten reafirmou seu plano de lançar uma nova rede social, um projeto que anuncia desde 2022. A nova plataforma, segundo ele, será focada em “conexão, comunidade e positividade”, buscando ser um antídoto para a solidão e uma alternativa a aplicativos que, em sua visão, prejudicam a saúde mental. “Agora, mais do que nunca, as pessoas estão em busca de conexões autênticas”, afirmou.

Quando questionado sobre a regulação de conteúdo, o engenheiro se mostrou cético em relação à intervenção estatal. Em sua opinião, a solução mais eficaz é a moderação feita pelos próprios usuários. Ele defende que as empresas devem fornecer a tecnologia e políticas claras, mas que a “moderação colaborativa”, onde a própria comunidade ajuda a fiscalizar o ambiente, é a ferramenta mais poderosa para combater conteúdos ilegais ou abusivos.

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