Data de nascimento define inteligência? O que a ciência realmente diz
Estudos mostram que não existem “dias de gênio”, mas fatores como ambiente e estímulo têm papel decisivo

A ideia de que a data de nascimento possa determinar a inteligência sempre despertou curiosidade. Porém, a ciência é categórica: não existem evidências de que um dia específico do calendário defina o QI ou a genialidade de alguém. Listas que circulam apontando “datas de gênios” não passam de entretenimento.
O que a ciência de fato estuda são dois pontos principais: a estação do nascimento e a idade relativa na escola. Esses fatores podem gerar diferenças sutis no desempenho escolar nos primeiros anos de vida, mas não têm impacto determinante a longo prazo.
Pesquisas médicas indicam que nascer em determinada época do ano pode se associar a pequenas variações cognitivas em crianças, ligadas a fatores como vitamina D na gestação, nutrição ou infecções sazonais. Ainda assim, os efeitos são mínimos.
Já o chamado efeito da idade relativa aparece com mais clareza: crianças que entram na escola sendo as mais velhas da turma tendem a ter vantagem inicial em notas e testes, por estarem um pouco mais maduras do que colegas mais novos. Essa diferença, no entanto, tende a desaparecer ao longo dos anos.
No Brasil, estudos acompanharam esse padrão, mostrando que o desempenho em disciplinas como matemática pode ser influenciado pela idade de ingresso na escola — mas sempre de forma temporária.
Em resumo, a data exata do nascimento não determina inteligência. O que realmente pesa são fatores como genética, qualidade da escola, estímulos familiares, sono, alimentação e oportunidades de aprendizado ao longo da vida.
A ciência deixa claro: não há “dias de gênio”. O que conta mesmo é o ambiente, o esforço e os estímulos que moldam o desenvolvimento.
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