Defesa de Bolsonaro contesta indiciamento e Moraes dá 48h para esclarecimentos
O indiciamento foi anunciado na noite de quarta-feira (20), após a PF divulgar áudios e mensagens extraídos do celular de Bolsonaro, em conversas com o pastor Silas Malafaia e com o próprio filho

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou ter sido surpreendida pelo indiciamento de seu cliente por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Segundo a Polícia Federal, Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro teriam atuado junto ao governo dos Estados Unidos para tentar submeter o funcionamento da Suprema Corte brasileira ao crivo de outro país. O indiciamento foi anunciado na noite de quarta-feira (20), após a PF divulgar áudios e mensagens extraídos do celular de Bolsonaro, em conversas com o pastor Silas Malafaia e com o próprio filho.
Nas gravações, o ex-presidente teria condicionado uma possível anistia a condenados por atos golpistas a negociações para retirada de tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros. Em nota, os advogados afirmaram que “os elementos apontados na decisão serão devidamente esclarecidos dentro do prazo assinado pelo ministro relator, observando-se, desde logo, que jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta”.
O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou que a defesa apresente, em até 48 horas, esclarecimentos sobre documentos e contatos investigados pela PF. Entre eles estão o suposto pedido de asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei, e a comunicação com o general Braga Netto, da qual Bolsonaro estava proibido por decisão judicial. Com informações: Agência Brasil.