Nesta segunda-feira (22), o Paraná celebra o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, instituído pela Lei nº 19.873/2019 em memória da advogada Tatiane Spitzner, vítima de feminicídio em Guarapuava. A data representa mais do que uma homenagem: simboliza um esforço conjunto entre sociedade civil, forças de segurança e o poder público no enfrentamento à violência contra a mulher. O destaque de 2024 é a ampliação do Programa Mulher Segura, criado pela Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp), que agora alcança todos os 399 municípios do estado. A iniciativa atua em duas frentes: “Mulher Segura”, voltada ao acolhimento e proteção de mulheres em situação de risco, e “De Homem Para Homem”, que busca o engajamento masculino no combate à violência de gênero.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) tem índice de resolução de feminicídios próximo a 100%, graças à atuação especializada das delegacias e à implantação das salas de acolhimento, que oferecem atendimento humanizado. A delegada Luciana Novaes, da Divisão de Polícia Especializada, reforça: “Esses crimes não passarão em branco. Enquanto houver feminicídio, haverá investigação e justiça.” A Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar do Paraná, também segue como uma das ações mais efetivas na prevenção à reincidência e proteção de vítimas com medidas protetivas, com acompanhamento contínuo, escuta qualificada e atuação integrada com órgãos sociais, Ministério Público e Poder Judiciário.

Outro avanço importante é o programa de monitoramento de agressores com tornozeleiras eletrônicas, que será implantado inicialmente em Curitiba e Foz do Iguaçu. Com investimento de R$ 4,8 milhões, o sistema permitirá alertas em tempo real à vítima e à PM, aumentando a eficácia das medidas protetivas.

Como parte das ações deste 22 de julho, ocorre a 3ª edição da Caminhada do Meio-Dia pelo Fim da Violência Contra a Mulher, mobilização simultânea em 179 municípios paranaenses, coordenada pela Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi). Em Curitiba, a caminhada sai da Praça Santos Andrade rumo à Boca Maldita.

A orientação do Governo do Estado é clara: denúncia salva vidas. Casos de emergência devem ser reportados pelo 190, enquanto denúncias anônimas podem ser feitas pelo 181. O registro de Boletins de Ocorrência pode ser feito presencialmente nas delegacias ou online, no site da PCPR.

– Disque-denúncia 181 | 181.pr.gov.br/

– Programa Mulher Segura Paraná | seguranca.pr.gov.br/Mulher-Segura

– Patrulha Maria da Penha | pmpr.pr.gov.br/Pagina/Patrulha-Maria-da-Penha

– Ampara | ampara.defensoriapublica.pr.def.br/

– Violência contra a Mulher | policiacivil.pr.gov.br/mulher

Confira os sinais de alerta:

– Ciúme excessivo e possessividade

– Controle sobre a vítima

– Isolamento da vítima de amigos e familiares

– Explosões de raiva e comportamento agressivo

– Desvalorização e humilhação

– Nunca assumir a culpa. Sempre atribuir essa culpa para a vítima

– Ameaçar e intimidar

– Minimizar ou negar comportamentos abusivos

– Histórico de relacionamentos abusivos

– Controle financeiro

– Todos esses elementos ficam mais graves em caso de uso/abuso de álcool e drogas