Dom Geremias destaca na homilia de Corpus Christi: “Eucaristia é profecia e convite à missão”
“Celebramos a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo e renovamos a nossa fé. A Eucaristia é profecia. Estamos dizendo que é bom para a nossa vida ouvir a palavra de Deus e alimentar-se do corpo e sangue de Jesus”, afirmou dom Geremias

Na manhã desta quinta-feira (19), a Catedral Metropolitana de Londrina foi palco da tradicional solenidade de Corpus Christi, uma das datas mais importantes do calendário católico. A celebração começou cedo, com a confecção dos tradicionais tapetes de serragem, sal, pó de café e outros materiais, que tomaram cerca de 180 metros das Travessas Padre Eugênio Herter e Padre Bernardo Greis, interditadas desde as 2h da manhã para o trabalho dos voluntários.
A Missa de Corpus Christi teve início às 8h30 e foi presidida pelo arcebispo de Londrina, dom Geremias Steinmetz. Durante a homilia, ele ressaltou que a Eucaristia é mais do que um ritual: é profecia e convite à missão. “Celebramos a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo e renovamos a nossa fé. A Eucaristia é profecia. Estamos dizendo que é bom para a nossa vida ouvir a palavra de Deus e alimentar-se do corpo e sangue de Jesus”, afirmou dom Geremias.
O arcebispo destacou ainda o chamado de Jesus aos fiéis: “Ide e anunciai o Evangelho”, lembrando que a vivência da fé precisa se traduzir em atitudes concretas no dia a dia. “É momento de reflexão: o que significa honrar Jesus em nossa vida? Como podemos viver a fé de forma concreta? Jesus olha, percebe, entende, acolhe com misericórdia, cura e perdoa. Ele também se preocupa com a necessidade de alimento e nos convoca a agir, a colocar a fé em movimento”, enfatizou.
Dom Geremias também reforçou a importância de olhar para o próximo com empatia e compromisso social: “É preciso olhar para o outro a partir da necessidade dele. A Eucaristia é partilha e nos chama a sermos protagonistas na missão de cuidar uns dos outros”, completou.
Neste ano, a celebração de Corpus Christi em Londrina teve um significado ainda mais especial por ocorrer dentro do contexto do Jubileu da Esperança, vivido pela Igreja em todo o mundo. Os tapetes, além de expressão artística, foram lembrados como “um gesto que convida os filhos de Deus a participarem da vida de Cristo”, nas palavras do arcebispo. O espaço tornou-se sagrado, levando os fiéis a um verdadeiro encontro com Jesus, que, segundo dom Geremias, “nos acolhe e nos ensina a acolher uns aos outros”.